REVOGADA PELA LEI Nº 804/1974

 

LEI Nº 466, DE 23 DE DEZEMBRO DE 1966

 

Institui o Código Tributário do Município de Nova Venécia.

 

O PREFEITO MUNICIPAL DE NOVA VENÉCIA, ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, no uso das atribuições legais, faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:

 

Parte Geral

 

Título I

Dos tributos em Geral

 

Capitulo I

Do sistema tributário do Município

 

Art. 1º Este código dispõe sobre os fatos geradores, a incidência das alíquotas, o lançamento, a cobrança e a fiscalização dos tributos municipais e estabelece normas de direito fiscal a eles pertinentes.

 

Art. 2º Integram o sistema tributário do Município:

 

I - Os impostos:

a) sobre a propriedade territorial urbana;

b) sobre a propriedade predial urbana

c) sobre a circulação de mercadoria;

d) sobre serviços de qualquer natureza.

 

II - As taxas:

a) decorrentes das atividades do poder de polícia do Município;

b) decorrentes de atos relativos à utilização efetiva ou potencial de serviços e bens públicos municipais, específicos e divisíveis;

 

III - A contribuição de melhoria.

 

CAPÍTULO II

DA LEGISLAÇÃO FISCAL

 

Art. 3º Nenhum tributo será exigido ou alterado, nem qualquer pessoa considerada como contribuinte ou responsável pelo cumprimento de obrigação tributária, senão em virtude deste Código ou Legislação subseqüente.

 

Art. 4º A lei fiscal entra em vigor na data de sua publicação, salvo as disposições que aumentarem tributos que incidem sobre a propriedade predial e territorial urbana, as quais entrarão em vigor a 1º de janeiro do ano seguinte.

 

Art. 5º As tabelas de tributos, anexos a este código, serão revistas e publicadas integralmente, pelo Poder Executivo, sempre que houverem sido substancialmente alterados.

 

CAPÍTULO III

DA ADMINISTRAÇÃO FISCAL

 

Art. 6º Todas as funções referentes a cadastramento, lançamento, cobrança, recolhimento e fiscalização de tributos municipais, aplicação de sanções por infração de disposições deste Código, bem como as medidas de prevenção e repressão às grandes, serão exercidas pelos órgãos fazendários e repartições a eles subordinadas, segundo as atribuições constantes da lei de organização dos serviços administrativos e do respectivo regimento.

 

Art. 7º Os órgãos e servidores incumbidos da cobrança e fiscalização dos tributos, sem prejuízo do rigor e vigilância indispensáveis ao bom desempenho de suas atividades, darão assistência técnica aos contribuintes, prestando-lhes esclarecimentos sobre a interpretação e fiel observância das leis fiscais.

 

§ 1º Aos contribuintes é facultado reclamar essa assistência aos órgãos responsáveis.

 

§ 2º As medidas repressivas só serão tomadas contra os contribuintes infratores que, dolosamente ou por descaso, lesarem ou tentarem lesar o fisco.

 

Art. 8º Os órgãos fazendários farão imprimir e distribuir, sempre que necessário, modelos de declarações e de documentos que devam ser preenchidos obrigatoriamente pelos contribuintes, para efeito de fiscalização, lançamento, cobrança e recolhimento de impostos, taxas e contribuições de melhoria.

 

Art. 9º São autoridades fiscais, para efeito deste Código, as que têm jurisdição e competência definidas em Leis e regulamentos.

 

CAPÍTULO IV

Domicílio Tributário

 

Art. 10. Considera-se domicílio tributário, do contribuinte ou responsável por obrigação tributária.

 

I - Tratando-se de pessoa física, o lugar onde habitualmente reside e, não sendo este conhecido, o lugar onde se encontre a sede principal de suas atividades;

 

II - Tratando-se de pessoa jurídica de direito público privado, o local de qualquer de seus estabelecimentos;

 

III - Tratando-se de pessoa jurídica de direito público, o local da sede de qualquer de suas repartições administrativas.

 

Art. 11. O domicílio fiscal será consignado nas petições, guias e outros documentos que os obrigados dirijam ou devam apresentar à Fazenda Municipal.

 

Parágrafo Único. Os inscritos como contribuintes habituais comunicarão toda mudança de domicílio no prazo de 15 (quinze) dias, contados a partir da ocorrência.

 

CAPÍTULO V

Das Obrigações Tributárias Acessórias

 

Art. 12. Os contribuintes, ou quaisquer responsáveis por tributos, por todos os meios a seu alcance, o lançamento, a fiscalização, a cobrança dos tributos devidos à Fazenda Municipal, ficando especialmente obrigados a:

 

I - Apresentar declarações e guias, e a escriturar em livros próprios os fatos geradores de obrigação tributária, segundo as normas deste Código e dos regulamentos fiscais;

 

II - Comunicar à Fazenda Municipal, dentro de 15 (quinze) dias, contados a partir da ocorrência, qualquer alteração capaz de gerar, modificar ou extinguir obrigação tributária;

 

III - Conservar e apresentar ao Fisco, quando solicitado, qualquer documento que, de algum modo, se refira a operações ou situações que constituam fato gerador de obrigação tributária ou que sirva como comprovante da veracidade dos dados consignados em guias e documentos fiscais;

 

IV - Prestar, sempre que solicitadas pelas autoridades competentes, informações e esclarecimentos que, a juízo do Fisco, se refiram a fato gerador de obrigação tributária.

 

Parágrafo Único. Mesmo no caso de isenção, ficam os beneficiários sujeitos ao cumprimento do disposto neste artigo.

 

Art. 13. O Fisco poderá requisitar a terceiros, e estes ficam obrigados a fornecer-lhe, todas as informações e dados referentes a fatos geradores de obrigação tributária, para as quais tenham contribuído ou que devam conhecer, salvo quando, por força de Lei, estejam obrigados a guardar sigilo em relação a esses fatos.

 

§ 1º As informações obtidas por força deste artigo têm caráter sigiloso e só poderão ser utilizadas em defesa dos interesses fiscais da União, do Estado e do Município.

 

§ 2º Constitui falta grave, punível nos termos do Estatuto dos Funcionários Municipais, a divulgação de informações obtidas no exame de conta ou documentos exigidos.

 

CAPÍTULO VI

Do Lançamento

 

Art. 14. Lançamento é o procedimento privativo da autoridade administrativa municipal, destinado a constituir o crédito tributário mediante a verificação da ocorrência da obrigação tributária correspondente, a determinação da matéria tributável, o cálculo do montante do tributo devido, a identificação do contribuinte e, sendo o caso, a aplicação da penalidade cabível.

 

Art. 15. O ato do lançamento é vinculado e obrigatório, sob pena de responsabilidade funcional, ressalvadas as hipóteses de exclusão ou suspensão do crédito tributário previstas neste Código.

 

Art. 16. O lançamento reporta-se à data em que haja surgido a obrigação tributária principal e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.

 

§ 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente ao nascimento da obrigação, haja instituído novos critérios de apuração da base de cálculo, estabelecido novos métodos de fiscalização, ampliando os poderes de investigação das autoridades administrativas, ou outorgando maiores garantias e privilégios à Fazenda Municipal, exceto, no último caso, para atribuir responsabilidade tributária a terceiros.

 

§ 2º O disposto neste artigo não se aplica aos impostos lançados por períodos certos de tempo, desde que a Lei tributária respectiva fixa expressamente a data em que o fato gerador deva ser considerado para efeito de lançamento.

 

Art. 17. Os atos formais relativos ao lançamento dos tributos ficarão a cargo do órgão fazendário competente.

 

Parágrafo Único. A omissão ou erro de lançamento não exime o contribuinte do cumprimento da obrigação fiscal, nem de qualquer modo lhe aproveita.

 

Art. 18. O lançamento efetuar-se-á com base nos dados constantes do Cadastro Fiscal e nas declarações apresentadas pelos contribuintes, na forma e nas épocas estabelecidas neste Código e regulamento.

 

Parágrafo Único. As declarações deverão conter todos os elementos e dados necessários ao conhecimento do fato gerador das obrigações tributárias e a verificação do montante do crédito tributário correspondente.

 

Art. 19. Far-se-á o lançamento de ofício, com base nos elementos disponíveis:

 

I - Quando o contribuinte ou o responsável não houver prestado declaração, ou a mesma apresentar-se inexata, por serem falsos ou errôneos os fatos consignados;

 

II - Quando, tendo prestado declaração, o contribuinte ou o responsável deixar de atender, satisfatoriamente, no prazo e na forma legais, pedido de esclarecimento formulado pela autoridade administrativa;

 

Art. 20. Com finalidade de obter elementos que lhe permitam verificar a exatidão das declarações apresentadas pelos contribuintes e responsáveis, e de determinar, com precisão, a natureza e o montante dos créditos tributários, a Fazenda Municipal poderá:

 

I - Exigir a qualquer tempo, a exibição de livros e comprovantes dos atos e operações que possam constituir fato gerador de obrigações tributárias;

 

II - Fazer inspeções nos locais e estabelecimentos onde se exercem as atividades sujeitas que possam constituir fato gerador de obrigações tributárias, ou nos bens ou serviços que constituam matéria tributável;

 

III - Exigir informações e comunicações escritas ou verbais;

 

IV - Notificar o contribuinte ou responsável para comparecer às repartições da Fazenda Municipal;

 

V - Requisitar o auxílio da força policial ou requerer ordem judicial quando indispensável à realização de diligências, inclusive inspeções necessárias ao registro dos locais e estabelecimentos, assim como os objetos e livros dos contribuintes responsáveis.

 

Parágrafo Único. Nos casos a que se refere o número deste artigo, os funcionários lavrarão termo da diligência, do qual constarão especificadamente os elementos examinados.

 

Art. 21. O lançamento e suas alterações serão comunicados aos contribuintes por meio de edital afixados na Prefeitura, por publicação em jornal local, ou mediante notificação direta, feita meio de aviso, para servir como guia de pagamento.

 

Art. 22. Far-se-á revisão do lançamento sempre que se verificar erro na fixação da base tributária, ainda que os elementos indutivos desta fixação hajam sido apurados diretamente pelo Fisco.

 

Art. 23. Os lançamentos efetuados de ofício ou decorrentes de arbitramento, só poderão ser revistos em face da superveniência de prova irrecusável que modifique a base de cálculo utilizado no lançamento anterior.

 

Art. 24. É facultado aos prepostos da fiscalização, arbitramento de bases tributárias quando ocorrer sonegação cujo montante não se possa conhecer exatamente.

 

Art. 25. O Município poderá instituir livros e registros obrigatórios de tributos municipais, a fim de apurar os seus fatos geradores e bases de cálculo, exceto em relação ao imposto sobre as operações relativas à circulação de mercadorias.

 

Art. 26. Independentemente do controle de que trata o artigo anterior, poderá ser adotada a apuração ou a verificação diária no próprio local da atividade, durante determinado período, quando houver dúvida sobre a exatidão do que for declarado para efeito dos tributos de competência do Município.

 

CAPÍTULO VII

Da Cobrança e do Recolhimento dos Tributos

 

Art. 27. A cobrança dos tributos far-se-á:

 

I - Para pagamento à boca do cofre;

 

II - Por procedimento amigável;

 

III - Mediante ação executiva.

 

§ 1º A cobrança para pagamento à boca do cofre far-se-á pela forma e nos prazos estabelecidos neste Código, nas leis e nos regulamentos fiscais.

 

§ 2º Expirado o prazo para pagamento à boca do cofre, ficam os contribuintes sujeitos à multa de 20% (vinte por cento), acrescida de juros de mora de 12% (doze por cento) ao ano, contados por mês ou fração sobre a importância devida, até seu pagamento.

 

§ 3º Aos créditos fiscais do Município aplicam-se as normas de correção monetária de tributos e penalidades devidos ao Fisco Municipal, nos termos da Lei Federal nº 4.357, de 16-7-64.

 

Art. 28. Nenhum recolhimento de tributo será efetuado sem que se expeça a competente guia ou conhecimento.

 

Art. 29. Nos casos de expedição fraudulenta de guias ou conhecimento, responderão, civil, criminal e administrativamente, os servidores que os houverem subscrito ou fornecido.

 

Art. 30. Pela cobrança menor de tributo responde, perante a Fazenda Municipal, solidariamente, o servidor culpado, cabendo-lhe direito regressivo contra o contribuinte.

 

Art. 31. Não se procederá contra o contribuinte que tenha agido ou pago tributo de acordo com decisão administrativa ou judicial transitada em julgado, mesmo que, posteriormente venha a ser modificada a jurisprudência.

 

Art. 32. O executivo poderá contratar com estabelecimentos de crédito com sede, agência ou escritório no Município, o recebimento de tributos, segundo normas especiais baixadas para esse fim.

 

CAPÍTULO VIII

Da Restituição

 

Art. 33. O contribuinte tem direito, independentemente de prévio protesto, à restituição total ou parcial do tributo, seja qual for a modalidade de seu pagamento, nos seguintes casos:

 

I - Cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior que o devido em face deste Código, ou da natureza ou das circunstâncias materiais do fato gerador efetivamente ocorrido;

 

II - Erro na identificação do contribuinte, na determinação da alíquota aplicável, no cálculo do montante do tributo, ou na elaboração ou conferência de qualquer documento relativo ao pagamento;

 

III - Reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória.

 

Art. 34. A restituição total ou parcial de tributos abrangerá também, na mesma proporção, os juros de mora e as penalidades pecuniárias, salvo as referentes a infrações de caráter formal, que não devem reputar prejudicadas pela causa assecuratória da restituição.

 

Art. 35. O direito de pleitear a restituição de imposto, taxa, contribuição de melhoria ou multa extingue-se com o decurso do prazo de 06 meses, quando o pedido se baseia em simples erro de cálculo, ou três anos nos demais casos, contados:

 

I - Nas hipóteses previstas nos números I e II do Art. 33, da data da extinção do crédito tributário;

 

II - Na hipótese no número III do Art. 33, da data em que se tornar definitiva a decisão administrativa, ou transitar em julgado a decisão judicial que tenha reformado, anulado, revogado ou rescindido a decisão condenatória.

 

Art. 36. Quando se tratar de tributos e multas indevidamente arrecadados, por motivo de erro cometido pelo Fisco, ou pelo contribuinte, regularmente apurado, a restituição será feita de ofício, mediante determinação de autoridade competente em representação formulada pelo órgão fazendário e devidamente processada.

 

Art. 37. O pedido de restituição será indeferido se o requerente criar qualquer obstáculo ao exame de sua escrita ou de documento, quando isso se torne necessário à verificação da procedência da medida, a juízo da administração.

 

Art. 38. Os processos de restituição serão obrigatoriamente informados, antes de receberem despacho, pela repartição que houver arrecadado os tributos e as multas reclamadas total ou parcialmente.

 

CAPÍTULO IX

Da Prescrição

 

Art. 39. O direito de proceder ao lançamento de tributos, assim como à sua revisão, prescreve em 05 (cinco) anos, a contar do último dia do ano em que se tornarem devidos.

 

Parágrafo Único. O decurso do prazo estabelecido neste artigo interrompe-se pela notificação ao contribuinte de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento ou à sua revisão, começando de novo a correr da data em que se operou a notificação.

 

Art. 40. As dívidas provenientes de tributos prescrevem em 05 (cinco) anos, ao contar do término do exercício dentro do qual aqueles se tornaram devidos; a dívida ativa inferior a um décimo do salário mínimo regional prescreve, porém, em 02 (dois) anos, contados do prazo de vencimento, se pré-fixado, e, no caso contrário, da data em que foi inscrita.

 

Art. 41. Interrompe-se a prescrição da dívida fiscal:

 

I - Por qualquer intimação ou notificação feita ao contribuinte, por repartição ou funcionário fiscal, para pagar a dívida;

 

II - Pela concessão de prazos especiais para esse fim;

 

III - Pelo despacho que ordenou a citação judicial do responsável para efetuar o pagamento;

 

IV - Pela apresentação do documento comprobatório da dívida, em juízo de inventário ou concurso de credores.

 

Art. 42. Cessa em 05 (cinco) anos o poder de aplicar ou cobrar multas por infração a este Código, exceto nos casos de quantia inferior a um décimo do salário mínimo regional, em que o prazo será de 02 (dois) anos.

 

CAPÍTULO X

Das Imunidades e Isenções

 

Art. 43. Os impostos municipais não incidem sobre (Emenda Constitucional nº 18):

 

I - O patrimônio, a renda ou os serviços da União, dos Estados, do Distrito Federal e de outros Municípios;

 

II - Templos de qualquer culto;

 

III - O patrimônio, a renda ou os serviços de partidos políticos e de instituições de educação ou de assistência social, observados os requisitos fixados em Lei Complementar;

 

IV - O papel destinado exclusivamente à impressão de jornais, periódicos e livros;

 

V - O tráfego intermunicipal de qualquer natureza, quando representarem limitações ao mesmo.

 

§ 1º O disposto no número I deste artigo é extensivo às autarquias tão somente no que se refere ao patrimônio, à renda ou aos serviços vinculados às suas finalidades essenciais, ou delas decorrentes.

 

§ 2º O disposto neste artigo é extensivo aos serviços públicos concedidos pela União, quando a isenção geral for por ela instituída, por meio de lei especial, tendo em vista o interesse comum.

 

§ 3º A imunidade tributária de bens imóveis dos templos se restringe aqueles destinados ao exercício do culto.

 

§ 4º As instituições de educação e assistência social somente gozarão da imunidade mencionada no número III, deste artigo, quando se tratar de sociedades civis legalmente constituídas e sem fins lucrativos.

 

Art. 44. São isentos de impostos municipais as atividades individuais de pequeno rendimento, destruídas, exclusivamente, ao sustento de quem as exerce ou de sua família e como tais definidas em regulamento.

 

Art. 45. A concessão de isenções apoiar-se-á sempre em fortes razões de ordem pública ou de interesse do Município, não poderá ter caráter pessoal e dependerá de lei aprovada por 2/3 (dois terços) dos membros da Câmara dos Vereadores.

 

§ 1º Entende-se como favor pessoal não permitindo, a concessão em lei, de isenção de tributos a determinada pessoa física ou jurídica;

 

§ 2º As isenções estão condicionadas à renovação anual e serão reconhecidas por ato do Prefeito, sempre a requerimento do interessado.

 

Art. 46. Verificada, a qualquer tempo, a inobservância das formalidades exigidas para concessão, ou o desaparecimento das condições que o motivaram, será a isenção obrigatoriamente cancelada.

 

Art. 47. As imunidades e isenções não abrangem as taxas e a contribuição de melhoria, salvo as exceções expressamente estabelecidas neste Código.

 

CAPÍTULO XI

Da Dívida Ativa

 

Art. 48. Constitui dívida ativa do Município a proveniente de impostos, taxas, contribuições de melhoria e multas de qualquer natureza regularmente inscrita na repartição administrativa competente, depois de esgotado o prazo fixado para pagamento pela Lei ou por decisão final proferida em processo regular.

 

Art. 49. Para todos os efeitos legais, considera-se como inscrita a dívida registrada em livros especiais na repartição competente da Prefeitura.

 

Art. 50. Encerrado o exercício financeiro, a repartição competente providenciará, imediatamente, a inscrição dos débitos fiscais por contribuinte.

 

Parágrafo Único. Independentemente, porém, do término do exercício financeiro, os débitos fiscais não pagos em tempo hábil poderão ser inscritos no livro próprio da Dívida Ativa Municipal.

 

Art. 51. O Município fará publicar, no seu órgão oficial, ou pelos meios habituais, nos 30 (trinta) dias subsequentes à inscrição e durante 5 (cinco) dias, relação contendo:

 

I - Nome dos devedores e endereço relativo à dívida;

 

II - Origem da dívida e seu valor.

 

Parágrafo Único. Dentro de 30 (trinta) dias, a contar da data de publicação da relação, será feita a cobrança amigável da dívida ativa, depois do que a Prefeitura encaminhará para cobrança judicial, à medida que forem sendo extraídas, as certidões relativas aos débitos.

 

Art. 52. O termo de inscrição da dívida ativa, autenticado pela autoridade competente, indicará, obrigatoriamente:

 

I - O nome do devedor e, sendo o caso, os dos co-responsáveis, bem como, sempre que possível, o domicílio ou residência de um ou de outros;

 

II - A origem e a natureza do crédito fiscal, mencionando a Lei Tributária respectiva;

 

III - A quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos;

 

IV - A data em que foi inscrita;

 

V - O número do processo administrativo de que se origina o crédito fiscal, sendo o caso.

 

Parágrafo Único. A certidão, devidamente autêntica, conterá, além dos requisitos deste artigo, a indicação do livro e da folha de inscrição.

 

Art. 53. Serão cancelados, mediante despacho do Prefeito, os débitos fiscais:

 

I - Legalmente prescritos;

 

II - De contribuintes que hajam falecido sem deixar bens que exprimam valor;

 

Parágrafo Único. O cancelamento será determinado de ofício ou a requerimento de pessoa interessada, deste que fiquem aprovadas a morte do devedor e a inexistência de bens, ouvidos os órgãos fazendário e jurídico da Prefeitura.

 

Art. 54. As dívidas relativas ao mesmo devedor, quando conexas ou consequentes, serão reunidas em um só processo.

 

Art. 55. As certidões da dívida ativa, para cobrança judicial, deverão conter os elementos mencionados no artigo 52 deste Código.

 

Art. 56. O recebimento de débitos fiscais constantes de certidões já encaminhadas para cobrança executiva, será feito exclusivamente à vista de guia em duas vias, expedida pelos escrivães ou advogados, com o visto do órgão jurídico da Prefeitura, incumbido da cobrança judicial da dívida.

 

Parágrafo Único. A partir da data da publicação da relação, começará a fluir o prazo de 30 (trinta) dias para cobrança por procedimento amigável; decorrido esse prazo, ajuizar-se-á a competente ação executiva.

 

Art. 57. As guias, que serão datadas e assinadas pelo emitente conterão:

 

I - O nome do devedor e seu endereço;

 

II - O número da inscrição da dívida;

 

III - A importância total do débito e o exercício ou período a que se refere;

 

IV - A multa, os juros de mora e a correção monetária a que estiver sujeito o débito;

 

V - As custas judiciais.

 

Art. 58. Ressalvados os casos de autorização legislativa, não se efetuará o recebimento de débitos fiscais, inscritos na dívida ativa com dispensa da multa, dos juros de mora e da correção monetária.

 

Parágrafo Único. Verificada, a qualquer tempo, a inobservância do disposto neste artigo, é o funcionário responsável obrigado, além da pena disciplinar a que estiver sujeito, a recolher aos cofres do Município o valor da multa, dos juros de mora e da correção monetária que houver dispensado.

 

Art. 59. O disposto no artigo anterior se aplica, também ao servidor que reduzir graciosa, ilegal ou irregularmente, o montante de qualquer crédito fiscal inscrito na dívida ativa, com ou sem autorização superior.

 

Art. 60. É solidariamente responsável com o servidor, quanto à reposição das quantias relativas à redução, à multa e os juros de mora, e à correção monetária mencionados nos dois artigos anteriores, a autoridade superior que autorizar ou determinar aquelas concessões, salvo se o fizer em cumprimento de mandado judicial.

 

Art. 61. Encaminhada a certidão da dívida ativa para cobrança executiva, cessará a competência do órgão fazendário para agir ou decidir quanto a ela, cumprindo-lhe, entretanto, prestar as informações solicitadas pelo órgão encarregado da execução e pelas autoridades judiciárias.

 

CAPÍTULO XII

Das Penalidades

 

SEÇÃO 1ª

Disposições Gerais

 

Art. 62. Sem prejuízo das disposições relativas a infrações e penas constantes de outras Leis e códigos municipais, as infrações a este Código serão punidas com as seguintes penas:

 

I - Multa;

 

II - Proibição de transacionar com as repartições municipais;

 

III - Sujeição a regime especial de fiscalização;

 

IV - Suspensão ou cancelamento de isenção de tributos;

 

Art. 63. A aplicação de penalidade de qualquer natureza, de caráter civil, criminal ou administrativo, e o seu cumprimento, em caso algum dispensam o pagamento do tributo devido e das multas, da correção monetária e dos juros de mora.

 

Art. 64. Não se procederá contra servidor ou contribuinte que tenha agido ou pago tributo de acordo com interpretação fiscal, constante de decisão de qualquer instância administrativa, mesmo que, posteriormente, venha a ser modificada essa interpretação.

 

Art. 65. A omissão do pagamento de tributo e a fraude fiscal serão apurados mediante representação, notificação preliminar ou auto de infração, nos termos da Lei.

 

§ 1º Dar-se-á por comprovada a fraude fiscal quando o contribuinte não dispuser de elementos convincentes em razão dos quais se possa admitir involuntária a omissão do pagamento.

 

§ 2º Em qualquer caso, considerar-se-á com fraude a reincidência na omissão de que trata este artigo.

 

§ 3º Conceitua-se também como fraude o não pagamento do tributo, tempestivamente, quando o contribuinte o deva recolher a seu próprio requerimento, formulado este antes de qualquer diligência fiscal e desde que a negligência perdure após decorridos 8 (oito) dias contados da data de entrada desse requerimento na repartição arrecadadora competente.

 

Art. 66. A co-autoria e a cumplicidade, nas infrações ou tentativas de infrações aos dispositivos deste Código, implica os que praticarem em responderem solidariamente com os autores pelo pagamento do tributo devido, ficando sujeitos às mesmas penas fiscais impostas a estes.

 

Art. 67. Apurando-se, no mesmo processo, infração de mais de uma disposição deste Código pela mesma pessoa, será aplicada somente a pena correspondente à infração mais grave.

 

Art. 68. Apurada a responsabilidade de diversas pessoas, não vinculadas por co-autoria ou cumplicidade, impor-se-á a cada uma delas a pena relativa à infração que houver cometido.

 

Art. 69. A sanção às infrações das normas estabelecidas neste Código será, no caso de reincidência, aprovada de 30% (trinta por cento).

 

Parágrafo Único. Considera-se reincidência a repetição de infração de um mesmo dispositivo pela mesma pessoa física ou jurídica, depois de transitada em julgado, administrativamente, a decisão condenatória referente à infração anterior.

 

Art. 70. A aplicação de multas não prejudicará a ação criminal que, no caso, couber.

 

SEÇÃO 2ª

Das Multas

 

Art. 71. As multas serão impostas em grau mínimo, médio ou máximo.

 

Parágrafo Único. Na imposição da multa, e para graduá-la, ter-se-á em vista:

 

a) a maior ou menor gravidade de infração;

b) as suas circunstâncias atenuantes ou agravantes;

c) os antecedentes do infrator com relação às disposições deste Código e de outras Leis e regulamentos municipais.

 

Art. 72. É passível de multa de 10 décimos do salário mínimo regional a 10 vezes o valor deste, o contribuinte ou responsável que:

 

I - Iniciar atividade ou praticar ato sujeito à taxa de licença, antes da concessão desta;

 

II - Deixar de fazer a inscrição no Cadastro Fiscal da Prefeitura, de seus bens ou atividades sujeitos à tributação municipal;

 

III - Apresentar ficha de inscrição cadastral, livros, documentos ou declarações relativas aos bens e atividades sujeitos à tributação municipal, com omissões ou dados inverídicos;

 

IV - Deixar de comunicar dentro dos prazos previstos, as alterações ou baixas que impliquem em modificação ou extinção de fatos anteriormente gravados;

 

V - Deixar de apresentar dentro dos respectivos prazos, os elementos básicos à identificação ou caracterização de fatos geradores ou base de cálculo dos tributos municipais;

 

VI - Deixar de remeter à Prefeitura, em sendo obrigado a fazê-lo documento exigido por lei ou regulamento fiscal;

 

VII - Negar-se a exibir livros e documentos da escrita fiscal que interessar à fiscalização.

 

Art. 73. É passível de multa de 10 décimos do salário mínimo regional a 10 vezes o valor deste o contribuinte ou responsável que:

 

I - Apresentar ficha de inscrição fora do prazo legal ou regulamentar;

 

II - Negar-se a prestar informações ou, por qualquer outro modo, tentar embaraçar, iludir, dificultar ou impedir a ação dos agentes do Fisco a serviço dos interesses da Fazenda Municipal;

 

III - Deixar de cumprir qualquer outra obrigação acessória estabelecida neste Código ou em regulamento a ele referente.

 

Art. 74. As multas de que tratam os artigos anteriores serão aplicadas sem prejuízo de outras penalidades por motivos de fraude ou sonegação de tributos.

 

Art. 75. Ressalvadas as hipóteses do art. 89 deste Código serão punidos com:

 

I - Multa de importância igual ao valor do tributo, nunca inferior, porém, a 10 décimos do salário mínimo regional, os que cometerem infração capaz de elidir o pagamento do tributo no todo ou em parte, uma vez regularmente apurada a falta e se não ficar provada a existência de artifício doloso ou intuito de fraude;

 

II - Multa de importância igual a 5 vezes o valor do tributo, mas nunca inferior a 10 décimos do salário mínimo regional, os que sonegarem, por qualquer forma, tributos devidos, se apurada a existência de artifício doloso ou intuito de fraude;

 

III - multa de 10 décimos do salário mínimo regional a 5 vezes o valor deste:

 

a) os que viciarem ou falsificarem documentos ou escrituração de seus livros fiscais e comerciais, para iludir a fiscalização ou fugir do pagamento do Tributo;

b) os que instruírem pedidos de isenção ou redução de imposto, taxa ou contribuição de melhoria, com documento falso ou que contenha falsidade.

 

§ 1º As penalidades a que se refere o número III serão aplicadas nas hipóteses em que não puder efetuar o cálculo pela forma dos números I e II.

 

§ 2º Considera-se consumada a fraude fiscal, nos casos do número III, mesmo antes de vencidos os prazos de cumprimento das obrigações tributárias.

 

§ 3º Salvo prova em contrário, presume-se o dolo em qualquer das seguintes circunstâncias ou em outras análogas:

 

a) contradição evidente entre os livros e documentos da escrita fiscal e os elementos das declarações e guias apresentadas às repartições municipais;

b) manifesto desacordo entre os preceitos legais e regulamentares no tocante às obrigações tributárias e a sua aplicação por parte do contribuinte ou responsável;

c) remessa de informes e comunicações falsas ao Fisco com respeito aos fatos geradores e à base de cálculo de obrigações tributárias;

d) omissão de lançamento nos livros, fichas, declarações ou guias, de bens e atividades que constituem fatos geradores de obrigações tributárias.

 

SEÇÃO 3ª

Da Proibição de Transacionar com as Repartições Municipais

 

Art. 76. Os contribuintes que estiverem em débito de tributos e multas não poderão receber quaisquer quantias ou créditos que tiverem com a Prefeitura, participar de concorrência, coleta ou tomada de preços, celebrar contratos ou termos de qualquer natureza, ou transacionar a qualquer título com a administração do Município.

 

SEÇÃO 4ª

Da Sujeição a Regime Especial de Fiscalização

 

Art. 77. O contribuinte que houver cometido infração punida em grau máximo, ou reincidir na violação das normas estabelecidas neste Código e em outras leis e regulamentos municipais, poderá ser submetido a regime especial de fiscalização.

 

Art. 78. O regime especial de fiscalização de que trata este capítulo será definido em regulamento.

 

SEÇÃO 5ª

Da Suspensão ou Cancelamento de Isenções

 

Art. 79. todas as pessoas físicas ou jurídicas que gozarem de isenções de tributos municipais e infringirem disposições deste Código ficarão privadas, por um exercício, da concessão, e no caso de reincidências, dela privadas definitivamente.

 

§ 1º A pena de privação definitiva da isenção só se declarará nas condições previstas no parágrafo único do art. 69, deste Código.

 

§ 2º As penas previstas neste artigo serão aplicadas em face de representação nesse sentido, devidamente comprovada, feita em processo próprio, depois de aberta defesa ao interessado, nos prazos legais.

 

SEÇÃO 6ª

Das Penalidades Funcionais

 

Art. 80. Serão punidos com multa equivalente a 15 dias respectivo vencimento ou remuneração:

 

I - Os funcionários que se negarem a prestar assistência ao contribuinte, quando por este solicitada na forma deste Código;

 

II - Os agentes fiscais que, por negligência ou má fé, lavrarem autos sem obediência aos requisitos legais, de forma a lhes acarretar nulidade.

 

Art. 81. As multas serão impostas pelo Prefeito, mediante representação da autoridade fazendária competente, se de outro modo não dispuser o Estatuto dos Funcionários Municipais.

 

Art. 82. O pagamento de multa decorrente de processo fiscal se tornará exigível depois de transitada em julgado a decisão que a impôs.

 

TÍTULO II

Do Processo Fiscal

 

CAPÍTULO I

Das Medidas Preliminares e Incidentes

 

SEÇÃO 1ª

Dos Têrmos e Fiscalização

 

Art. 83. A autoridade ou funcionário fiscal que presidir ou proceder a exames e diligências, fará ou lavrará, sob sua assinatura, termo circunstanciado do que apurar, do qual constará, além do mais que possa interessar, as datas iniciais e finais do período fiscalizado e a relação dos livros e documentos examinados.

 

§ 1º O termo será lavrado no estabelecimento ou local onde se verificar a fiscalização ou a constatação da infração, ainda que aí não resida o fiscalizado ou infrator, e poderá ser datilografado ou impresso em relação às palavras rituais, devendo os claros ser preenchidos a mão e inutilizadas as entrelinhas em branco.

 

§ 2º Ao fiscalizado ou infrator dar-se-á cópia do termo, autenticada pela autoridade, contra recibo no original.

 

§ 3º A recusa do recibo, que será declarada pela autoridade, não aproveita ao fiscalizado ou infrator, nem o prejudica.

 

§ 4º Os dispositivos do parágrafo anterior são aplicáveis, extensivamente, aos fiscalizados e infratores, analfabetos ou impossibilitados de assinar o documento de fiscalização ou infração, mediante declaração da autoridade fiscal, ressalvadas as hipóteses dos incapazes, definidos pela Lei civil.

 

SEÇÃO 2ª

Da Apreensão de Bens e Documentos

 

Art. 84. Poderão ser apreendidas as coisas móveis, inclusive mercadorias e documentos, existentes em estabelecimento comercial, industrial, agrícola ou profissional, do contribuinte, responsável ou de terceiros, ou em outros lugares ou em trânsito, que constituam prova material de infração tributária, estabelecidas neste Código em Lei ou regulamento.

 

Parágrafo Único. Havendo prova ou fundada suspeita, de que as coisas se encontram em residência particular ou lugar utilizado como moradia, serão promovidas as buscas e apreensão judiciais, sem prejuízo das medidas necessárias para evitar a remoção clandestina.

 

Art. 85. Da apreensão lavrar-se-á auto, com os elementos do auto de infração, observando-se, no que couber, o disposto no artigo 96 deste Código.

 

Parágrafo Único. O auto de apreensão conterá a descrição das coisas ou dos documentos apreendidos, a indicação do lugar onde ficaram depositados e a assinatura do depositário, o qual será designado pelo autuante, podendo a designação recair no próprio detentor, se for idôneo, a juízo do autuante.

 

Art. 86. Os documentos apreendidos poderão, a requerimento do autuado, ser-lhe devolvido, ficando no processo cópia do inteiro teor ou da parte que deva fazer prova, caso o original não seja indispensável a êsse fim.

 

Art. 87. As coisas apreendidas serão restituídas, a requerimento, mediante depósito das quantias exigíveis, cuja importância será arbitrada pela autoridade competente, ficando retidos, até decisão final, os espécimes necessários à prova.

 

Parágrafo Único. Em relação à matéria deste artigo, aplica-se, no que couber, o disposto nos artigos 120 a 122 deste Código.

 

Art. 88. Se o autuado não provar o preenchimento das exigências legais para liberação dos bens apreendidos, no prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da data da apreensão, serão os bens levados a hasta pública ou leilão.

 

§ 1º Quando a apreensão recair em bens de fácil deterioração, a hasta pública ou o leilão poderá realizar-se a partir do próprio dia da apreensão.

 

§ 2º Apurando-se, na venda, importância superior ao tributo e à multa devidos, será o autuado notificado, no prazo de 05 (cinco) dias, para receber o excedente, se já não houver comparecido para fazê-lo.

 

SEÇÃO 3ª

Da Notificação Preliminar

 

Art. 89. Verificando-se omissão não dolosa de pagamento de tributo, ou qualquer infração de Lei ou regulamento, de que possa resultar evasão de receita, será expedida contra o infrator notificação preliminar para que, no prazo de 08 (oito) dias, regularize a situação.

 

§ 1º Esgotado o prazo de que trata este artigo, sem que o infrator tenha regularizado a situação perante a repartição competente, lavrar-se-á auto de infração.

 

§ 2º Lavrar-se-á, igualmente, auto de infração quando o contribuinte se recusar a tomar conhecimento da notificação preliminar.

 

Art. 90. A notificação preliminar será feita em fórmula destacada de talonário próprio, no qual ficará cópia, a carbono, com o “Ciente” do notificado, e conterá os elementos seguintes:

 

I - Nome do notificado;

 

II - Local, dia, e hora da lavratura;

 

III - Descrição do fato que a motivou e indicação do dispositivo legal de fiscalização, quando couber;

 

IV - Valor do tributo e da multa devidos;

 

V - Assinatura do notificante.

 

Parágrafo Único. Aplicam-se a este artigo as disposições constantes dos parágrafos 1º a 4º do artigo 83.

 

Art. 91. Considera-se convencido de débito fiscal o contribuinte que pagar o tributo mediante notificação preliminar, da qual não caiba recurso ou defesa.

 

Art. 92. Não caberá notificação preliminar, devendo o contribuinte ser imediatamente autuado:

 

I - Quando for encontrado no exercício de atividade tributável, sem prévia inscrição;

 

II - Quando houver provas de tentativa para eximir-se ou furtar-se ao pagamento do tributo;

 

III - Quando for manifesto o ânimo de sonegar;

 

IV - Quando incidir em nova falta de que poderia resultar evasão de receita, antes de decorrido um ano, contado da última notificação preliminar.

 

SEÇÃO 4ª

Da Representação

 

Art. 93. Quando incompetente para notificar preliminarmente ou para autuar, o agente da Fazenda Municipal deve, e qualquer pessoa pode, representar contra toda ação ou omissão contrária as disposições deste Código ou de outras Leis e regulamentos fiscais.

 

Art. 94. A representação far-se-á em petição assinada e mencionará, em letra legível, o nome, a profissão e o endereço de seu autor; será acompanhada de provas ou indicará os elementos desta e mencionará os meios ou as circunstâncias em razão das quais se tornou conhecida a infração.

 

Parágrafo Único. Não se admitirá representação feita por quem haja sido sócio, diretor, preposto ou empregado do contribuinte, quando relativa a fatos anteriores à data em que tenha perdido essa qualidade.

 

Art. 95. Recebida a representação, a autoridade competente providenciará imediatamente as diligências para verificar a respectiva veracidade e, conforme couber, notificará preliminarmente o infrator, autuá-lo-á ou arquivará a representação.

 

CAPÍTULO II

Dos Atos Iniciais

 

SEÇÃO 1ª

Do Auto de Infração

 

Art. 96. O auto de infração, lavrado com precisão e clareza, sem entrelinhas, emendas ou rasuras, deverá:

 

I - Mencionar o local, dia e hora da lavratura;

 

II - Referir o nome do infrator e das testemunhas, se houver;

 

III - Descrever o fato que constitui a infração e as circunstâncias pertinentes, indicar o dispositivo legal ou regulamentar violado e fazer referência ao termo de fiscalização, em que se consignou a infração, quando for o caso;

 

IV - Conter a intimação ao infrator para pagar os tributos e multas devidas ou apresentar defesa e provas nos prazos previstos.

 

§ 1º As omissões ou incorreções do auto não acarretarão nulidade, quando do processo constarem elementos suficientes para a determinação da infração e do infrator.

 

§ 2º A assinatura não constitui formalidade essencial à validade do auto, não implica em confissão, nem a recusa agravará a pena.

 

§ 3º Se o infrator, ou quem o represente, não puder ou não quiser assinar o auto, far-se-á menção dessa circunstância.

 

Art. 97. O auto de infração poderá ser lavrado cumulativamente com o de apreensão, e então conterá, também, os elementos deste (art. 85. e parágrafo único).

 

Art. 98. Da lavratura do auto será intimado o infrator:

 

I - Pessoalmente, sempre que possível, mediante entrega de cópia do auto ao autuado, seu representante ou preposto, contra recibo datado no original;

 

II - Por carta, acompanhada de cópia do auto, com aviso de recebimento (AR) datado e firmado pelo destinatário ou alguém de seu domicílio;

 

III - Por edital, com prazo de 30 (trinta) dias, se desconhecido o domicílio fiscal do infrator.

 

Art. 99. A intimação presume-se feita:

 

I - Quando pessoal, na data do recibo;

 

II - Quando por carta, na data do recibo de volta, e se for esta omitida, 15 (quinze) dias após a entrega da carta no Correio;

 

III - Quando por edital, no termo do prazo, contado este da data da afixação ou da publicação.

 

Art. 100. As intimações subsequentes à inicial far-se-ão pessoalmente, caso em que serão certificadas no processo e, por carta ou edital, conforme as circunstâncias, observado o disposto nos artigos 98 e 99 deste Código.

 

SEÇÃO 2ª

Das Reclamações Contra Lançamento

 

Art. 101. O contribuinte que não concordar com lançamento poderá reclamar no prazo de 20 (vinte) dias, contados da publicação no órgão oficial, da afixação de edital, ou do recebimento do aviso.

 

Art. 102. A reclamação contra lançamento far-se-á por petição, facultada e juntada de documentos.

 

Art. 103. É cabível a reclamação por parte de qualquer pessoa, contra a omissão ou exclusão do lançamento.

 

Art. 104. A reclamação contra lançamento terá efeito suspensivo da cobrança dos tributos lançados.

 

CAPÍTULO III

Das Defesa

 

Art. 105. O autuado apresentará defesa no prazo de 20 (vinte) dias, contados da intimação.

 

Art. 106. A defesa do autuado será apresentada por petição à repartição por onde correr o processo, contra recibo. Apresentada a defesa, terá o autuante o prazo de 10 (dez) dias para impugná-la, o que fará na forma do artigo seguinte.

 

Art. 107. Na defesa, o autuado alegará toda matéria que entender útil, indicará e requererá as provas que pretenda produzir, juntará logo as que constarem de documentos e, sendo o caso, arrolará testemunhas, até o máximo de 3 (três).

 

Art. 108. Nos processos iniciados mediante reclamação contra lançamento, será dada vista a funcionário da repartição competente para aquela operação, a fim de apresentar a defesa, no prazo de 10 (dez) dias, contados da data em que receber o processo.

 

CAPÍTULO IV

Das Provas

 

Art. 109. Findo os prazos a que se referem os artigos 105 e 106 deste Código, o dirigente da repartição responsável pelo lançamento deferirá, no prazo de 10 (dez) dias, a produção de provas que não sejam manifestamente inúteis ou protelatórias, ordenará a produção de outras que entender necessárias, e fixará o prazo, não superior a 30 (trinta) dias, em que uma e outra devam ser produzidas.

 

Art. 110. As perícias deferidas competirão ao perito designado pela autoridade competente, na forma do artigo anterior; quando requeridas pelo autuante, ou nas reclamações contra lançamento pelo funcionário da Fazenda, ou quando ordenada de ofício, poderão ser atribuídas a agentes de fiscalização.

 

Art. 111. Ao autuado e ao autuante será permitido, sucessivamente, reinquirir as testemunhas; do mesmo modo, ao reclamante e ao impugnante, nas reclamações contra lançamento.

 

Art. 112. O autuado e o reclamante poderão participar das diligências, e as alegações que tiverem serão juntadas ao processo, ou constarão do termo da diligência, para serem apreciadas no julgamento.

 

Art. 113. Não se admitirá prova fundada em exame de livros ou arquivos das repartições da Fazenda Pública, ou em depoimento pessoal de seus representantes ou funcionários.

 

CAPÍTULO V

Da Decisão em Primeira Instância

 

Art. 114. Findo o prazo para a produção de provas, ou perempto o direito de apresentar a defesa, o processo será presente à autoridade julgadora, que proferirá decisão, no prazo de 10 (dez) dias.

 

§ 1º Se entender necessário, a autoridade poderá, no prazo deste artigo, a requerimento da parte ou de ofício, dar vista, sucessivamente, ao autuado e ao autuante, ou ao reclamante e ao impugnante, por 05 (cinco) dias a cada um, para alegações finais.

 

§ 2º Verificada a hipótese do parágrafo anterior, a autoridade terá novo prazo de 10 (dez) dias, para proferir decisão.

 

§ 3º A autoridade não fica adstrita às alegações das partes, devendo julgar de acôrdo com sua convicção, em face das provas produzidas no processo.

 

§ 4º Se não se considerar habilitada a decidir, a autoridade poderá converter o julgamento em diligência e determinar a produção de novas provas, observado o disposto no Capítulo IV e prosseguindo-se na forma deste Capitulo, na parte aplicável.

 

Art. 115. A decisão, redigida com simplicidade e clareza, concluirá pela procedência ou improcedência do auto de infração ou da reclamação contra lançamento, definindo expressamente os seus efeitos, num e noutro caso.

 

Art. 116. Não sendo proferida decisão, no prazo legal nem convertido o julgamento em diligência, poderá a parte interpor recurso voluntário, como se fora julgado procedente o auto de infração ou improcedente a reclamação contra o lançamento, cessando, com a interposição do recurso, a jurisdição da autoridade de primeira instância.

 

CAPÍTULO VI

Dos Recursos

 

SEÇÃO 1ª

Do Recurso Voluntário

 

Art. 117. De decisão de primeira instância caberá recurso voluntário para o Prefeito, interposto no prazo de 20 (vinte) dias, contados da data de ciência da decisão, pelo autuado ou reclamante, pelo autuante ou pelo funcionário que houver produzido a defesa, nas reclamações contra lançamento.

 

Art. 118. É vedado reunir em uma só petição recurso referente a mais de uma decisão, ainda que versem sobre o mesmo assunto e alcancem o mesmo contribuinte, salvo quando proferidas em um único processo fiscal.

 

SEÇÃO 2ª

Da Garantia de Instância

 

Art. 119. Nenhum recurso voluntário interposto pelo autuado ou reclamante será encaminhado ao Prefeito, sem o prévio depósito de metade das quantias exigidas, extinguindo-se o direito do recorrente que não efetuar o depósito no prazo legal.

 

Parágrafo Único. São dispensados de depósito os servidores públicos que recorrerem de multas impostas com fundamento no art. 84 deste Código.

 

Art. 120. Quando a importância total do litígio exceder de três vezes o salário mínimo regional, se permitirá a prestação de fiança para interposição do recurso voluntário, requerida no prazo a que se refere o art. 117 deste Código.

 

§ 1º A fiança prestar-se-á mediante indicação de fiador idôneo, a juízo da administração, ou pela caução de títulos da dívida pública.

 

§ 2º Ficará anexado ao processo o requerimento que indicar fiador, com a expressa aquiescência deste e, se for casado, também de sua mulher, sob pena de indeferimento.

 

§ 3º A fiança mediante caução far-se-á no valor dos tributos e multas exigidos e pela cotação dos títulos no mercado, devendo o recorrente declarar no requerimento que se obriga a efetuar o pagamento do remanescente da dívida, no prazo de 08 (oito) dias, contados da notificação, se o produto da venda dos títulos não for suficiente para a liquidação do débito.

 

Art. 121. Julgado inidôneo o fiador, poderá o recorrente, depois de intimado e dentro do prazo igual ao que restava quando protocolado o requerimento de prestação de fiança, oferecer outro fiador, indicando os elementos comprovantes da idoneidade do mesmo.

 

Parágrafo Único. Não se admitirá como fiador o sócio solidário, quotista ou comanditário da firma recorrente nem o devedor da Fazenda Municipal.

 

Art. 122. Recusados dois fiadores, será o recorrente intimado a efetuar o depósito, dentro de 05 (cinco) dias, ou de prazo igual ao que lhe restava quando protocolado o segundo requerimento de prestação de fiança, se este prazo for maior.

 

SEÇÃO 3ª

Do Recurso de Ofício

 

Art. 123. Das decisões de primeira instância, contrárias, no todo ou em parte, à Fazenda Municipal, inclusive por desclassificação da infração, será obrigatoriamente interposto recurso de ofício ao Prefeito, com efeito suspensivo, sempre que a importância em litígio exceder de três vezes o salário mínimo regional.

 

Parágrafo Único. Se a autoridade julgadora deixar de recorrer de ofício, quando couber a medida, cumpre ao funcionário que subscreveu a inicial do processo, ou que do fato tomar conhecimento, interpor recurso, em petição encaminhada por intermédio daquela autoridade.

 

CAPÍTULO VII

Da Execução das Decisões Fiscais

 

Art. 124. As decisões definitivas serão cumpridas:

 

I - Pela notificação do contribuinte e, quando for o caso também do seu fiador, para, no prazo de 10 (dez) dias, satisfazerem ao pagamento do valor da condenação e, em consequência, receberem os títulos depositados em garantia da instância;

 

II - Pela notificação do contribuinte para vir receber importância recolhida indevidamente como tributo ou multa;

 

III - Pela notificação do contribuinte para vir receber ou, quando for o caso, pagar, no prazo de 10 (dez) dias, a diferença entre o valor da condenação e a importância depositada em garantia da instância;

 

IV - Pela notificação do contribuinte para vir receber ou, quando for o caso, pagar, no prazo de 10 (dez) dias, a diferença entre o valor da condenação e o produto da venda dos títulos caucionados, quando não satisfeito o pagamento no prazo legal;

 

V - Pela liberação das mercadorias apreendidas e depositadas, ou pela restituição do produto de sua venda, se houver ocorrido alienação, com fundamento no art. 88 e seus parágrafos, deste Código;

 

VI - Pela imediata inscrição, como dívida ativa, e remessada certidão à cobrança executiva, dos débitos a que referem os números I, III e IV, se não satisfeitos no prazo estabelecido.

 

Art. 125. A venda de título da dívida pública aceitos em caução não se realizará abaixo da cotação; e, deduzidas as despesas legais da venda, inclusive taxa oficial de corretagem, proceder-se-á, em tudo o que couber, de acordo com o art. 124, número IV, e com o § 3º do art. 120, deste Código.

 

TÍTULO III

Do Cadastro Fiscal

 

CAPÍTULO I

Disposições Gerais

 

Art. 126. O Cadastro Fiscal da Prefeitura compreende:

 

I - O Cadastro Imobiliário;

 

II - O Cadastro dos Produtores, Industrias e Comerciantes;

 

III - O Cadastro dos Prestadores de Serviços de Qualquer Natureza;

 

IV - O Cadastro dos Veículos e Aparelhos Automotores.

 

§ 1º O Cadastro Imobiliário Compreende:

 

a) os terrenos vagos existentes ou que venham a existir nas áreas urbanas ou destinadas à urbanização;

b) as edificações existentes, ou que vierem a ser construídas, nas áreas urbanas e urbanizáveis.

 

§ 2º O Cadastro dos Produtores, Industriais e Comerciantes compreende os estabelecimentos de produção, inclusive agropecuários, de indústria e de comércio, habituais e lucrativas, exercidas no âmbito do Município, em conformidade com as disposições do Código Tributário Nacional e da Lei estadual relativa ao imposto incidente sobre a circulação de mercadorias.

 

§ 3º O Cadastro dos Prestadores de qualquer natureza compreende as empresas ou profissionais autônomos, com ou sem estabelecimento fixo, de serviço sujeitos à tributação municipal.

 

§ 4º O Cadastro dos Veículos e Aparelhos Automotores compreende o registro geral, para fins de identificação da propriedade ou da posse, de todos os bens de tração ou propulsão motora, animal ou humana, inclusive embarcações e elevadores sujeitos ao licenciamento e à tributação pelas autoridades municipais, para uso ou tráfego.

 

§ 5º Ficam igualmente sujeitos à inscrição no Cadastro de Veículos e Aparelhos Automotores os bens destinados a puxar ou arrastar maquinaria de qualquer natureza ou a executar trabalhos agrícolas e de construção ou de pavimentação, desde que lhes sejam facultado transitar em vias terrestres.

 

Art. 127. Todos os proprietários ou possuidores, a qualquer título, de imóveis mencionados no § 1º do artigo anterior e aqueles que, individualmente ou sob razão social de qualquer espécie, exercerem atividade lucrativa no Município, estão sujeitos à inscrição obrigatória no Cadastro Imobiliário da Prefeitura.

 

Art. 128. O Poder Executivo poderá celebrar convênios com a União e os Estados visando a utilizar os dados e os elementos cadastrais disponíveis, bem como o número de inscrição do Cadastro Geral de Contribuintes, de âmbito federal, para melhor caracterização de seus registros.

 

Art. 129. A Prefeitura poderá, quando necessário, instituir outras modalidades acessórias de cadastro a fim de atender à organização fazendária dos tributos de sua competência, especialmente, os relativos à contribuição de melhoria.

 

CAPÍTULO II

Da Inscrição no Cadastro Imobiliário

 

Art. 130. A inscrição dos imóveis urbanos no Cadastro Imobiliário será promovida:

 

I - Pelo proprietário ou seu representante legal, ou pelo respectivo possuidor a qualquer título;

 

II - Por qualquer dos condôminos, em se tratando de condomínio;

 

III - Pelo compromissário comprador, nos casos de compromisso de compra e venda;

 

IV - Pelo possuidor de imóvel a qualquer título;

 

V - De ofício, em se tratando de próprio federal, estadual, municipal ou de entidade autárquica, ou, ainda, quando à inscrição deixar de ser feita no prazo regulamentar;

 

VI - Pelo inventariante, síndico ou liquidante, quando se tratar de imóvel pertencente a espólio, massa falida ou sociedade em liquidação.

 

Art. 131. Para efetivar a inscrição, no Cadastro Imobiliário, dos imóveis urbanos, são os responsáveis obrigados a preencher e entregar na repartição competente uma ficha de inscrição para cada imóvel, conforme modelo fornecido pela Prefeitura.

 

§ 1º A inscrição será efetuada no prazo de 60 (sessenta) dias, contados da data da escritura definitiva ou de promessa de compra e venda do imóvel.

 

§ 2º Por ocasião da entrega da ficha de inscrição, devidamente preenchida, deverá ser exibido o título de propriedade, ou de compromisso de compra e venda, para as necessárias verificações.

 

§ 3º Não sendo feita a inscrição no prazo estabelecido no § 1º deste artigo, o órgão competente, valendo-se dos elementos de que dispuser, preencherá a ficha de inscrição e expedirá edital convocando o proprietário para, no prazo de 30 (trinta) dias, cumprir as exigências deste artigo, sob pena de multa prevista neste Código para os faltosos.

 

Art. 132. Em caso de litígio sobre o domínio do imóvel, a ficha de inscrição mencionará tal circunstância, bem como os nomes dos litigantes e dos possuidores de imóvel, a natureza do feito, o juízo e o cartório por onde correr a ação.

 

Parágrafo Único. Incluem-se também na situação prevista neste artigo o espólio, a massa falida e as sociedades em liquidação.

 

Art. 133. Em se tratando de área loteada, cujo loteamento houver sido licenciado pela Prefeitura, deverá o impresso de inscrição ser acompanhado de uma planta completa, em escala que permita a anotação dos desdobramentos e designar o valor da aquisição, os logradouros, as quadras e os lotes, a área total, as áreas cedidas ao patrimônio municipal, as áreas compromissadas e as áreas alienadas.

 

Art. 134. Os responsáveis por loteamento ficam obrigados a fornecer, no mês de janeiro de cada ano, ao órgão fazendário competente, relação dos lotes que no ano anterior, tenham sido alienados definitivamente ou mediante compromisso de compra e venda, mencionando o nome do comprador e o endereço, os números do quarteirão e do lote e o valor do contrato da venda, a fim de ser feita a anotação no Cadastro Imobiliário.

 

Art. 135. Deverão ser obrigatoriamente comunicadas à Prefeitura, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, todas as ocorrências verificadas com relação ao imóvel, que possam afetar as bases de cálculo do lançamento dos tributos municipais.

 

Parágrafo Único. A comunicação a que se refere este artigo, devidamente processada e informada, servirá de base à alteração respectiva na ficha de inscrição.

 

Art. 136. A concessão de “HABITE-SE” à edificação nova ou a aceitação de obras em edificação reconstruída ou reformada, só se completará com a remessa do processo respectivo à repartição fazendária competente e a certidão desta de que foi atualizada a respectiva inscrição no Cadastro Imobiliário.

 

CAPÍTULO III

Da Inscrição no Cadastro de Produtores, Industrias e Comerciantes

 

Art. 137. A inscrição no Cadastro de Produtores, Industrias e Comerciantes será feita pelo responsável, ou se representante legal, que preencherá e entregará na repartição competente, ficha própria para cada estabelecimento, fornecida pela Prefeitura.

 

Parágrafo Único. Entende-se por produtor, industrial ou comerciante, para os efeitos de tributação municipal do imposto incidente sobre a circulação de mercadorias, aquelas pessoas físicas ou jurídicas, estabelecidas ou não, assim definidas e qualificadas como responsáveis pelo tributo, pela legislação estadual e regulamentos.

 

Art. 138. A ficha de inscrição no Cadastro de Produtores, Industrias e Comerciantes deverá conter:

 

I - O nome, a razão social, ou a denominação sob cuja responsabilidade deva funcionar o estabelecimento ou ser exercidos os atos de comércio, produção e indústria;

 

II - A localização do estabelecimento, seja na zona urbana ou rural, compreendendo a numeração do prédio, do pavimento e da sala ou outro tipo de dependência ou sede, conforme o caso, ou de propriedade rural a ele sujeita;

 

III - As espécies principais e acessórias da atividade;

 

IV - A área total do imóvel, ou de parte dele, ocupada pelo estabelecimento e suas dependências;

 

V - Outros dados previstos em regulamento.

 

Parágrafo Único. A entrega da ficha de inscrição deverá ser feita:

 

a) quanto aos estabelecimentos novos, antes da respectiva abertura ou início dos negócios;

b) quanto aos já existentes, dentro do prazo de 90 (noventa) dias, a contar da vigência deste Código.

 

Art. 139. A inscrição deverá ser permanentemente atualizada, ficando o responsável obrigado a comunicar à repartição competente, dentro de 30 (trinta) dias, a contar da data em que ocorrerem as alterações que se verificarem em qualquer das características mencionadas no artigo anterior.

 

Parágrafo Único. No caso de venda ou transferência do estabelecimento, sem a observância do disposto neste artigo, o adquirente ou sucessor será responsável pelos débitos e multas do contribuinte inscrito.

 

Art. 140. A cessão do estabelecimento será comunicada à Prefeitura dentro do prazo de 30 (trinta) dias, a fim de ser anotada no Cadastro.

 

Parágrafo Único. A anotação no Cadastro será feita após a verificação da veracidade da comunicação, sem prejuízo de quaisquer débitos de tributos pelo exercício de atividades ou negócio de produção, indústria ou comércio.

 

Art. 141. Para os efeitos deste Capítulo considera-se estabelecimento o local fixo ou não, de exercícios de qualquer atividade produtiva, industrial, comercial ou similar, em caráter permanente ou eventual, ainda que no interior de residência, desde que a atividade não seja caracterizada como de prestação de serviços.

 

Art. 142. Constituem estabelecimentos distintos, para efeito de inscrição no Cadastro:

 

I - Os que embora no mesmo local, ainda que com idêntico ramo de atividade, pertençam a diferentes pessoas físicas ou jurídicas;

 

II - Os que, embora sob a mesma responsabilidade e com o mesmo ramo de negócio, estejam localizados em prédios distintos ou locais diversos.

 

Parágrafo Único. Não são considerados como locais diversos dois ou mais imóveis contíguos e com comunicação interna, nem os vários pavimentos de um mesmo imóvel.

 

CAPÍTULO IV

Da Inscrição no Cadastro de Prestadores de Serviços de qualquer Natureza

 

Art. 143. A inscrição no Cadastro de Prestadores de Serviços de Qualquer Natureza será feita pelo responsável, empresa ou profissional autônomo, ou seu representante legal que preencherá e entregará na repartição competente ficha própria para cada estabelecimento fixo, ou para o local, em que normalmente desenvolva atividade de prestação de serviços.

 

CAPÍTULO V

Da Inscrição no Cadastro de Veículos e Aparelhos Automotores

 

Art. 144. A inscrição de veículos e aparelhos automotores no Cadastro Fiscal da Prefeitura será promovida pelos proprietários ou possuidores, a qualquer título, mediante preenchimento e entrega na repartição competente de ficha própria que os caracterize.

 

Parágrafo Único. A inscrição de que trata este artigo deverá ser permanentemente atualizada, ficando os proprietários ou possuidores dos veículos e aparelhos automotores obrigados a comunicar à repartição competente, para esse fim, todas as modificações que ocorrerem nas suas características, assim como transferências de posse ou domínio.

 

PARTE ESPECIAL

 

TÍTULO IV

Do Imposto sobre a Propriedade Territorial Urbana

 

CAPÍTULO I

Da Incidência das Isenções e das Reduções

 

Art. 145. O imposto territorial urbano tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de terrenos, não construídos, localizados nas zonas urbanas do Município.

 

§ 1º Para os efeitos deste imposto, entende-se como zonas urbanas as definidas em ato do Poder Executivo, observado o requisito mínimo da existência de pelo menos dois dos seguintes melhoramentos:

 

a) meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais;

b) abastecimento de água;

c) sistema de esgotos sanitários;

d) rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar;

e) escola primária ou posto de saúde, a uma distância máxima de 3 (três) quilômetros do imóvel considerado.

 

§ 2º Consideram-se também urbanas as áreas urbanizáveis, ou de expansão urbanas, constantes de loteamentos aprovados pela Prefeitura, destinados à habitação, à indústria ou ao comércio, mesmo que localizados fora das zonas definidas nos termos do parágrafo anterior.

 

Art. 146. São isentos do imposto territorial urbano os terrenos cedidos gratuitamente para uso da União, do Estado ou do Município.

 

Art. 147. Aos proprietários de terrenos com áreas não inferior a 20.000 (vinte mil) metros quadrados, que neles tenha promovido os melhoramentos abaixo especificados, sem ônus para os cofres municipais, poderão ser concedidas, pelo prazo máximo de 5 (cinco) anos, reduções do imposto devido, na forma seguinte:

 

I - canalização de água potável ............................................................................... 10%;

 

II - esgotos.......................................................................................................... 10%;

 

III - pavimentação................................................................................................. 10%;

 

IV - canalização ou galerias para águas pluviais........................................................... 5%;

 

V - guias e sarjetas.................................................................................................. 5%.

 

Parágrafo Único. A redução será proporcional à extensão de testada correspondente ao melhoramento efetivamente executado.

 

Art. 148. O imposto territorial urbano constitui ônus real e acompanha o imóvel em todas os casos de transmissão da propriedade ou de direitos reais a ela relativos do compromissário comprador se este estiver na posse do imóvel.

 

CAPÍTULO II

Da Alíquota e Base de Cálculo

 

Art. 149. O imposto territorial urbano será cobrado na base de 10% (dez por cento) sobre o valor venal do terreno.(Redação dada pela Lei nº 475/1967)

 

Art. 150. O valor venal dos terrenos será apurado com base nos dados fornecidos pelo Cadastro Imobiliário, levando-se em conta, a critério da repartição, os seguintes elementos:

 

I - O valor declarado pelo contribuinte;

 

II - O índice médio de valorização correspondente à zona em que esteja situado o imóvel;

 

III - O preço do terreno nas últimas transações de compra e venda realizadas nas zonas respectivas;

 

IV - A forma, as dimensões, os acidentes naturais e outras características do terreno;

 

V - Quaisquer outros dados informativos obtidos pelas repartições competentes.

 

Art. 151. Na determinação da base de cálculo não se considera o valor dos bens móveis mantidos, em caráter permanente ou temporários, no imóvel, para efeito de sua utilização, exploração, aformoseamento ou comodidade.

 

Art. 152. O critério a ser utilizado para à apuração dos valores que servirão de base de cálculo para o lançamento do imposto territorial urbano será definido em regulamento baixado pelo Executivo.

 

Art. 153. O mínimo do imposto territorial urbano será .................. centésimos do salário mínimo regional.

 

CAPÍTULO III

Do Lançamento e da Arrecadação

 

Art. 154. O lançamento do imposto territorial urbano, sempre que possível, será feito em conjunto com o dos demais tributos que recaem sobre o imóvel, tomando-se por base a situação existente ao cerrar-se o exercício anterior.

 

Art. 155. Far-se-á o lançamento no nome sob o qual estiver inscrito o terreno do Cadastro Imobiliário.

 

§ 1º No caso de condomínio, figurará o lançamento em nome de todos os condôminos, respondendo cada um, na proporção de sua parte, pelo ônus do tributo.

 

§ 2º Não sendo conhecido o proprietário, o lançamento será feito em nome de quem esteja na posse do terreno.

 

§ 3º Quando o imóvel estiver sujeito a inventário, far-se-á o lançamento em nome do espólio e, feita a partilha, será transferido para o nome dos sucessores; para esse fim os herdeiros são obrigados a promover a transferência perante o órgão fazendário competente, dentro do prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data do julgamento da partilha ou da adjudicação.

 

§ 4º Os terrenos pertencentes a espólio, cujo inventário esteja sobre estado, serão lançados em nome do mesmo que responderá pelo tributo até que julgado o inventário se façam as necessárias modificações.

 

§ 5º O lançamento de terreno pertencente a massas falidas ou sociedades em liquidação será feito em nome das mesmas, mas os avisos ou notificações serão enviados aos seus representantes legais, anotando-se os nomes e endereços nos registros.

 

§ 6º No caso de terreno objeto de compromisso de compra e venda, o lançamento será feito em nome do promitente vendedor e do compromissário comprador, se este estiver na posse do imóvel.

 

Art. 156. O lançamento e o recolhimento do imposto serão efetuados na época e pela forma estabelecida no regulamento.

 

Parágrafo Único. O lançamento será anual e o recolhimento se fará no número de quotas que o regulamento fixar.

 

TÍTULO V

Do Imposto sobre a Propriedade Predial Urbana

 

CAPÍTULO I

Da Incidência e das Isenções

 

Art. 157. O imposto predial tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse, conjuntamente ou não, com os respectivos terrenos de prédios situados nas zonas urbanas do Município.

 

§ 1º Considera-se prédios para os efeitos deste artigo, todas a edificações ou construções que possam servir à habitação, ao uso ou recreio, seja qual for sua denominação, forma ou destino.

 

§ 2º Para efeito deste imposto, entende-se como zona urbana a definida nos termos dos §§ 1º e 2º do art. 145 deste Código.

 

Art. 158. São isentos do imposto os prédios cedidos gratuitamente, em sua totalidade, para uso da União, do Estado ou do Município.

 

CAPÍTULO II

Da Alíquota e Base de Cálculo

 

Art. 159. O imposto será cobrado na base de 1% (hum por cento) sobre o valor venal da edificação as construções com exclusão do terreno, quando o proprietário nele residir e desde que não tenha outro no Município. (Redação dada pela Lei nº 475/1967)

 

Parágrafo Único. O imposto predial que incide sobre os imóveis alugados para qualquer fim ou cedido gratuitamente pelo proprietário referido no parágrafo anterior será de 1,5% (hum e meio por cento). (Redação dada pela Lei nº 475/1967)

 

Art. 160. O valor venal da edificação ou construção será calculado levando-se em conta os seguintes fatores:

 

I - A área construída;

 

II - O valor unitário da construção;

 

III - O estado de conservação da edificação.

 

Art. 161. O critério a serem utilizado para a apuração dos valores que servirão de base de cálculo para o lançamento do imposto predial será definido em regulamento baixado pelo Executivo.

 

Parágrafo Único. O mínimo do imposto predial será de ........ centésimos do salário mínimo regional.

 

CAPÍTULO III

Da Lançamento e da Arrecadação

 

Art. 162. O lançamento e a arrecadação do imposto predial será feito, sempre que possível, em conjunto com os demais tributos que recaem sobre o imóvel, tomando-se por base a situação existente ao encerrar-se o exercício anterior e observando-se no que couber, o disposto no capítulo III do título IV deste Código.

 

Parágrafo Único. Os apartamentos, unidades ou dependências com economias autônomas serão lançados um a um, em nome de seus proprietários condôminos.

 

Art. 163. O lançamento e o recolhimento do imposto serão efetuados na época e pela forma estabelecida no regulamento.

 

TÍTULO VI

Do Imposto Municipal sobre a Circulação de Mercadorias

 

CAPÍTULO I

Da Incidência e das Isenções

 

Art. 164. O imposto municipal sobre a circulação de mercadorias tem como fato gerador a saída destas de estabelecimentos produtor, industrial ou comercial, situado no território do Município, e será cobrado com base na legislação estadual pertinente. (Artigo excluído pela Lei nº 475/1967)

 

Art. 165. O imposto incidirá igualmente nas operações que forem objeto de isenção estadual, assim como nos casos em que da lei estadual resultar o respectivo diferimento, para a operação subsequente realizada fora do território do Município. (Artigo excluído pela Lei nº 475/1967)

 

§ 1º Nas hipóteses previstas neste artigo o Município cobrará o imposto como se a operação fosse tributada pelo Estado, nos termos da legislação deste aplicando-se a alíquota do imposto municipal. (Artigo excluído pela Lei nº 475/1967)

 

§ 2º Poderá deixar de ser aplicado o disposto neste artigo se, em virtude de convênio celebrado com o Estado, ficar assegurado ao Município o ressarcimento do montante correspondente. (Artigo excluído pela Lei nº 475/1967)

 

CAPÍTULO II

Da Alíquota, da Base de Cálculo e do Recolhimento

 

Art. 166. A base de cálculo do imposto é o montante devido ao Estado, a título de imposto de circulação de mercadorias e respectivos adicionais, sendo a alíquota de 20% (vinte por cento). (Artigo excluído pela Lei nº 475/1967)

 

Parágrafo Único. A alíquota referida no artigo anterior será uniforme para todas as mercadorias. (Artigo excluído pela Lei nº 475/1967)

 

Art. 167. O imposto será recolhido por guia, nos mesmos prazos estabelecidos para o recolhimento do imposto estadual. (Artigo excluído pela Lei nº 475/1967)

 

Parágrafo Único. Fica o Poder Executivo autorizado a celebrar com o Estado convênio para arrecadação do imposto municipal juntamente com o imposto estadual sobre a circulação de mercadorias. (Artigo excluído pela Lei nº 475/1967)

 

CAPÍTULO III

Das Penalidades e das Multas

 

Art. 168. As infrações à legislação deste imposto serão punidas pela autoridade municipal com as multas equivalentes a 30% (trinta por cento) do montante que resultaria da aplicação da legislação estadual a infração idêntica. (Artigo excluído pela Lei nº 475/1967)

 

TÍTULO VII

Do Imposto sobre os Serviços de qualquer Natureza

 

CAPÍTULO I

Da Incidência e das Isenções

 

Art. 169. O imposto sobre o serviço de qualquer natureza tem como fato gerador a prestação, por empresa ou profissional autônomo, com ou sem estabelecimento fixo de serviço que não configure por si só, fato gerador de imposto de competência da União ou dos Estados.

 

§ 1º Para os efeitos deste artigo, considera-se serviço:

 

a) o fornecimento de trabalho, ou a prestação de serviços com ou sem utilização de máquinas, ferramentas ou veículos, a usuários ou consumidores finais;

b) a locação de bens móveis;

c) a locação de espaço em bens imóveis a título de hospedagem ou para guarda de bens de qualquer natureza.

 

§ 2º As atividades a que se refere o parágrafo interior quando acompanhadas de fornecimentos de mercadorias serão consideradas:

 

a) de caráter misto, se o fornecimento de mercadorias for superior a 25% (vinte e cinco por cento) da receita bruta média mensal do estabelecimento;

b) como representando exclusivamente prestação de serviços, nos demais casos.

 

Parágrafo Único. É excluem-se do disposto neste artigo os serviços de transporte e comunicações salvo os de caráter estritamente municipal.

 

Art. 170. São isentos do imposto:

 

I - Os assalariados, como tais definidos pelas leis trabalhistas e pelos contratos de relação de emprego, singulares ou coletivos tácitos ou expressos, de prestação de trabalho a terceiros;

 

II - Os diretores de sociedades anônimas, por ações e de economia mista, bem como outros tipos de sociedades civis comerciais, mesmo quando não sejam sócios, quotistas, acionistas ou participantes;

 

III - Os servidores públicos federais, estaduais, municipais e autárquicas, inclusive os inatos, amparados pelas respectivas legislações que os definam nessa situação ou condições.

 

CAPÍTULO II

Da Alíquota e da Base de Cálculo

 

Art. 171. O imposto será calculado sobre o preço do serviço ou sobre a receita bruta mensal do contribuinte, conforme dispuser o regulamento.

 

Parágrafo Único. No caso da letra do § 2º do artigo 169 o imposto será calculado sobre 50% (cinquenta por cento) da receita bruta.

 

Art. 172. O imposto será cobrado por meio de alíquotas percentuais de acordo com a tabela I, anexa a este Código.

 

Art. 173. Quando não puder ser conhecido o valor efetivo da receita bruta resultante da prestação de serviços ou quando os registros relativos ao imposto não merecerem fé pelo fisco, tomar-se-á para base de cálculo a receita bruta arbitrada, a qual não poderá em hipótese alguma ser inferior ao total da seguinte parcela.

 

I - Valor das matérias-primas, combustíveis e outros materiais consumidos ou aplicados durante o ano;

 

II - Folha de salários pagos durante o ano adicionada de honorários de diretores e retiradas de proprietários, sócios ou gerentes;

 

III - 10% (dez por cento) do valor venal do imóvel, ou parte dele, e dos equipamentos utilizados pela empresa ou pelo profissional autônomo;

 

IV - Despesas com fornecimento de água, luz, força, telefone e demais encargos mensais obrigatórios do contribuinte.

 

Art. 174. O disposto nos artigos 171 a 173 não se aplica nos casos em que a receita bruta corresponder exclusivamente à remuneração de trabalho pessoal do contribuinte.

 

Parágrafo Único. Na hipótese deste artigo, o imposto será cobrado por meio de alíquota fixas, de acordo com o disposto na tabela I, anexa a este Código.

 

CAPÍTULO III

Do Lançamento e do Recolhimento

 

Art. 175. O imposto será recolhido por meio de guia preenchida pelo próprio contribuinte, de acordo com o modelo, forma e prazos estabelecidos no regulamento.

 

Art. 176. Os contribuintes sujeitos ao imposto com base na receita bruta mensal manterão, obrigatoriamente, sistemas de registros do valor dos serviços prestados, na forma do regulamento.

 

Art. 177. O montante do Imposto a recolher será arbitrado pela autoridade competente:

 

I - Quando o contribuinte deixar de apresentar a guia de recolhimento no prazo regulamentar;

 

II - Quando o contribuinte apresentar, guia com omissão dolosa ou fraude;

 

III - Quando inexistirem os registros a que se refere o art. 176 ou for dificultado o exame dos mesmos.

 

Art. 178. O procedimento de oficio de que se trata o artigo anterior prevalecerá até prova em contrário, feita antes do lançamento do imposto.

 

Art. 179. O lançamento do imposto sobre serviço será feito pela forma e nos prazos estabelecidos e regulamento, de todos os contribuintes inscritos existentes no cadastro dos Prestadores de Serviço de qualquer natureza, de que trata o Capitulo IV, Título III, deste Código.

 

Art. 180. Consideram-se empresas distintas, para efeito de lançamento e cobrança do importo:

 

I - As que, embora no mesmo local, ainda que com idêntico ramo de atividade, pertençam a diferentes pessoas físicas ou jurídicas;

 

II - As que, embora pertencentes à mesma pessoa física ou jurídicas, tenham funcionamento em locais diversos.

 

Parágrafo Único. Não são considerados como locais diversos dois ou mais imóveis contíguos e com comunicação interna, nem os vários pavimentos de um mesmo imóvel.

 

Art. 181. As pessoas físicas ou jurídicas, que na condição de prestadores de serviço de qualquer natureza, no decorrer do exercício financeiro se tornarem sujeitos à incidência do imposto serão lançados a partir do trimestre em que iniciarem as atividades.

 

Art. 182. As empresas ou profissionais autônomos de prestação de serviços de qualquer natureza, que desempenharem atividades classificadas em mais de um dos grupos de atividades constantes das tabelas anexas a este Código, estarão sujeitos ao imposto com base na alíquota imediatamente inferior a mais elevada e correspondente a uma dessas atividades.

 

Art. 183. No caso de diversões públicas e outros serviços cujo preço seja cobrado mediante bilhetes, o imposto poderá ser recolhido por meio de bilhetes, o imposto poderá ser recolhido por meio de estampilhas, conforme dispuser o regulamento.

 

TÍTULO VIII

Das taxas

 

CAPÍTULO I

Da Incidência e das Isenções

 

Art. 184. Pelo exercício regular do poder de polícia ou em razão da utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição pela Prefeitura, serão cobradas, pelo Município, as seguintes taxas:

 

I - De aferição de pesos e medidas;

 

II - De licença;

 

III - De expediente e serviços diversos;

 

IV - De serviços urbanos;

 

Art. 185. São isentos das taxas de serviços urbanos:

 

I - Os próprios federais e estaduais, quando exclusivamente utilizados por serviços da União ou do Estado;

 

II - Os templos de qualquer culto;

 

Art. 186. São isentos da taxa de licença para tráfego os veículos de propriedade da União dos Estados e do Distrito Federal.

 

CAPÍTULO II

Da Taxa de Afeição de Pesos e Medidas

 

Art. 187. A taxa de aferição de balanças, pesos e medidas recai sobre as pessoas físicas e jurídicas, que no exercício de atividade lucrativa, medir ou pesar qualquer artigo destinado a venda utilizado pelo público, e será arrecadada na conformidade da tabela anexa a este Código.

 

Art. 188. As pessoas referidas no artigo anterior são obrigadas a possuir medidas, pesos, balanças e outros aparelhos ou instrumentos de pesar ou medir, devidamente aferidos na Prefeitura.

 

Parágrafo Único. A aferição de que trata este artigo se processará nos termos e condições previstos na lei de postura municipais, observada a legislação federal respectiva.

 

Art. 189. As aferições serão feitas anualmente, ou quando necessário no decurso do exercício, e se processarão:

 

I - Na repartição competente quando se tratar de início de atividade que por sua natureza estejam obrigadas ao uso de pesos, balanças, medidas ou qualquer instrumento ou aparelho de pesar ou medir;

 

II - A domicilio nos estabelecimentos de produção, comércio, indústria ou de prestação de serviço, na forma declarada em instruções ou nas posturas municipais;

 

III - Na repartição competente, quando se tratar de pesos medidas e balanças usadas por ambulantes.

 

Art. 190. O uso de pesos, medidas e balanças, inclusive de quaisquer instrumentos ou aparelhos de pesar ou medir, não aferidos previamente ou, ainda, a falta ou adulteração dos mesmos, constituirão infração passível das penalidades previstas do Capitulo XII, Título I, deste Código.

 

Capitulo III

Das Taxas de Licença

 

Seção 1ª

Disposições Gerais

 

Art. 191. As taxas de licença têm como fato gerador o poder de polícia do Município na outorga de permissão para o exercício de atividades ou para a pratica de atos dependentes por sua natureza, de prévia autorização pelas autoridades municipais.

 

Art. 192. As taxas de licença são exigidas para:

 

I - Localização de estabelecimentos de produção, comércio, indústria ou prestação de serviços, não jurisdição do Município;

 

II - Renovação da licença, para localização de estabelecimentos de produção, comércio, indústria ou prestação de serviços;

 

III - Funcionamento de estabelecimentos industriais, comerciais e de prestação de serviços em horários especiais;

 

IV - Exercício, na jurisdição do Município, de comércio eventual ou ambulante;

 

V - Execução de obras particulares;

 

VI - Execução de arruamentos e loteamentos em terrenos particulares;

 

VII - Tráfego de veículos e outros aparelhos automotores.

 

VIII - Publicidade;

 

IX - Ocupação de áreas em vias e logradouros públicos;

 

X - Abate de gado fora do Matadouro Municipal.

 

Art. 193. Para efeito da cobrança da taxa de licença são considerados estabelecimentos de produção, comércio, indústria ou de prestação de serviços os definidos nos artigos 137 a 143 deste Código.

 

Seção 2ª

Da Taxa de Licença para Localização de Estabelecimentos de Produção, Comércio, Indústria e Prestação de Serviços.

 

Art. 194. Nenhum estabelecimento de produção, comércio, indústria ou prestação de serviço de qualquer natureza poderá instalar-se ou iniciar suas atividades no Município sem previa licença de localização outorgada pela Prefeitura e sem que hajam seus responsáveis efetuado o pagamento da taxa devida.

 

Parágrafo Único. As atividades cujo exercício dependam de autorização de competência exclusiva da União ou do Estado, não estão isentas da taxa de que trata este artigo.

 

Art. 195. O pagamento da licença a que se refere o artigo anterior será exibido por ocasião da abertura ou instalação do estabelecimento ou cada vez que se verificar mudança do ramo de atividade.

 

§ 1º A taxa será cobrada na base de 2% (dois por cento) sobre o valor do capital registrado do estabelecimento ou, na sua falta, do capital social total arbitrado pela autoridade municipal.

 

§ 2º Entende-se por capital social total do empreendimento a soma dos capitais próprios e alheios, demonstrados contabilmente pelos responsáveis ou seus representantes legais.

 

Art. 196. Os pedidos de licença para abertura ou instalação de estabelecimento de produção, comércio, indústria ou de prestação de serviços serão acompanhados da competente ficha de inscrição no Cadastro Fiscal da Prefeitura, pela forma e dentro dos prazos estabelecidos para esse fim no Titulo III, deste Código.

 

Art. 197. A licença para localização e instalação inicial é concedida mediante despacho, expedindo-se o Alvará respectivo.

 

Art. 198. A taxa de licença de que trata esta Seção independe de lançamento e será arrecadada quando da concessão da licença inicial, concedida depois de 30 de junho, será arrecadada pela metade.

 

Seção 3ª

Da Taxa de Renovação da Licença para Localização de Estabelecimentos de Produção, Comércio, Indústria e Prestação de Serviços.

 

Art. 199. Além da taxa de licença para localização, os estabelecimentos de produção, comércio, indústria ou de prestação de serviços serão sujeitos, anualmente, a taxa de renovação da licença para localização.

 

Art. 200. A taxa de renovação de licença para localização será calculada na base de 500 (quinhentos cruzeiros) por metro quadrado sobre a área útil do estabelecimento. (Redação dada pela Lei nº 475/1967)

 

Art. 201. O alvará de Licença será também renovado anualmente e fornecido independentemente de novo requerimento, desde que o contribuinte haja efetuado o pagamento da taxa e esteja inscrito no Cadastro Fiscal da Prefeitura.

 

Art. 202. Nenhum estabelecimento poderá prosseguir nas suas atividades sem estar na posse do Alvará de que trata o artigo anterior, após decorridos o prazo para pagamento da taxa de renovação.

 

Parágrafo Único. O alvará de Licença será conservado em lugar visível.

 

Art. 203. O não cumprimento do disposto no artigo anterior poderá acarretar a interdição do estabelecimento mediante ato da autoridade competente.

 

§ 1º A interdição será procedida de notificação preliminar do responsável pelo estabelecimento, dando-se-lhe o prazo de 15 (quinze) dias, para que regularize sua situação.

 

§ 2º A interdição não exime o faltoso do pagamento da taxa e das multas devidas.

 

Art. 204. Far-se-á anualmente o lançamento da taxa de renovação da licença de localização e funcionamento a ser arrecadada nas épocas determinadas em regulamento.

 

Seção 4ª

Da Taxa de Licença para Funcionamento em Horário Especial

 

Art. 205. Poderá ser concedida licença para funcionamento de estabelecimentos comerciais, industriais e de prestação de serviços fora do horário normal de abertura e fechamento, mediante o pagamento de uma taxa de licença especial.

 

Art. 206. A taxa de licença para funcionamento dos estabelecimentos em horários especiais será cobrada por dia, mês ou ano, de acordo com a tabela anexa a este Código, e arrecadada antecipada e independentemente de lançamento.

 

Art. 207. É obrigatória a fixação junto do Alvará de licença de localização, em local visível e acessível à fiscalização do comprovante do pagamento da taxa de licença para funcionamento em horário especial em que conste claramente esse horário sob pena das sanções previstas neste Código.

 

Seção 5ª

Da Taxa de Licença para o Exercício de comércio Eventual ou Ambulante

 

Art. 208. A taxa de licença para o exercício de comércio eventual ou ambulante será exigível por ano, mês ou dia;

 

§ 1º considera-se comércio eventual o que é exercido em determinadas épocas do ano, especialmente por ocasião de festejos ou comemorações, em locais autorizados pela Prefeitura.

 

§ 2º é considerado, também, como comércio eventual, o que é exercício em instalações removíveis, colocadas nas vias ou logradouros públicos, como balcões, barracas, mesas, tabuleiros e semelhantes.

 

§ 3º comércio ambulante é o exercício indevidamente sem estabelecimento, instalação ou localização fixa.

 

Art. 209. Serão definidas em regulamento as atividades que podem ser exercidas em instalações removíveis nas vias ou logradouros públicos.

 

Art. 210. A taxa de que trata esta seção será cobrada de acordo com a tabela anexa a este Código e na conformidade do respectivo regulamento, observados os seguintes prazos:

 

I - Antecipadamente, quando por dia;

 

II - Até o dia 5 (cinco) do mês em que for devida, quando mensalmente;

 

III - Durante o primeiro mês do semestre em que for devida, quando por ano.

 

Art. 211. O pagamento da taxa de licença para o exercício de comércio eventual, nas vias e logradouros públicos, não dispensa a cobrança da taxa de ocupação de solo.

 

Art. 212. É obrigatória a inscrição, na repartição competente, dos comerciantes eventuais e ambulantes, mediante o preenchimento de ficha própria, conforme modelo fornecido pela Prefeitura.

 

§ 1º Não se inclui na exigência deste artigo os comerciantes com estabelecimento fixo que, por ocasião de festejos ou comemorações, explorem o comércio eventual ou ambulante.

 

§ 2º A inscrição será permanentemente, atualizada por iniciativa do comerciante eventual ou ambulante, sempre que houver qualquer modificação nas características iniciais da atividade por ele exercida.

 

Art. 213. Ao comerciante eventual ou ambulante que satisfazer as exigências regulamentares, será concedido um cartão de habilitação contendo as características essenciais de sua inscrição e as condições de incidência da taxa, destinado a basear a cobrança desta.

 

Art. 214. Respondem pela taxa de licença de comercio eventual ou ambulante as mercadorias encontradas em poder dos vendedores, mesmo que pertençam a contribuintes que hajam pago a respectiva taxa.

 

Art. 215. São isentos da taxa de licença para o exercício do comercio eventual ou ambulante:

 

I - Os cegos e mutilados que exercerem comércio ou indústria em escala ínfima;

 

II - Os vendedores ambulantes de livros, jornais e revistas;

 

III - Os engraxates ambulantes.

 

Seção 6ª

Da Taxa de Licença para Execução de Obras Particulares

 

Art. 216. A taxa de licença para execução de obras particulares é devida em todos os casos de construção, reconstrução, reforma ou demolição de prédios e muros ou qualquer outra obra, dentro das áreas urbanas do Município.

 

Art. 217. Nenhuma construção, reconstrução, reforma, demolição ou obra, de qualquer natureza, poderá ser iniciada sem prévio pedido de licença a Prefeitura e pagamento da taxa devida.

 

Art. 218. A taxa de licença para execução de obras particulares será cobrada de conformidade com a tabela anexa a este Código.

 

Art. 219. São isentos da taxa de licença para execução de obras particulares:

 

I - A limpeza ou pintura externa ou interna de prédios, muros ou gradis;

 

II - A construção de passeios, quando do tipo aprovado pela Prefeitura;

 

III - A construção de barracões destinados a guarda de materiais para obras já devidamente licenciadas.

 

Seção 7ª

Da Taxa de Licença para Execução de Arruamentos e Loteamentos de Terrenos Particulares.

 

Art. 220. A taxa de licença para execução de arruamentos de terrenos particulares é exigível pela permissão outorgada pela Prefeitura, na forma da lei, e mediante prévia aprovação dos respectivos planos ou projetos, para arruamento ao parcelamento de terrenos particulares, segundo o zoneamento em vigor no Município.

 

Art. 221. Nenhum plano ou projeto de arruamento ou loteamento poderá ser executado, sem o prévio pagamento da taxa de que trata esta Seção.

 

Art. 222. A licença concedida constará de Alvará, no qual se mencionarão as obrigações do loteador ou arruador, com referência a obras de terraplanagem e urbanização.

 

Art. 223. A taxa de que trata esta Seção será cobrada de conformidade com a tabela anexa a este Código.

 

Seção 8ª

Da Taxa de Licença para o Tráfego de Veículos

 

Art. 224. A taxa de licença para o tráfego de veículos é devida por todos os proprietários ou possuidores de veículos em circulação no município e será cobrada anualmente, de conformidade com a tabela anexa a este Código.

 

Art. 225. O pagamento da taxa será feito de uma só vez, anualmente, antes de ser feita a renovação do respectivo emplacamento pelas repartições competentes.

 

Parágrafo Único. Cobrar-se-á pela metade a taxa referente a veículo licenciado pela primeira vez, no segundo semestre do exercício.

 

Art. 226. A baixa do veículo, no registro, quando requerida depois do mês de janeiro, sujeito proprietário ao pagamento da taxa correspondente a todo o exercício.

 

Art. 227. São isentos da taxa de licença para o tráfego de veículos:

 

I - Os veículos de tração animal pertencentes aos pequenos lavradores, quando se destinarem exclusivamente aos serviços de suas lavouras e ao transporte de seus produtos;

 

II - Os veículos destinados aos serviços agrícolas usados unicamente dentro das propriedades rurais de seus possuidores;

 

III - Pelo prazo máximo de 60 (sessenta) dias, os veículos de passageiros em transito, excursão ou turismo, devidamente licenciados em outros municípios.

 

Seção 9ª

Da Taxa de Licença para Publicidade

 

Art. 228. A exploração ou utilização de meios de publicidade nas vias e logradouros públicos do Município, bem como nos lugares de acesso ao público, fica sujeita a prévia licença da Prefeitura e, quando for o caso, ao pagamento da taxa devida.

 

Art. 229. Incluem-se na obrigatoriedade do artigo anterior:

 

I - Os cartazes, letreiros, programas, quadros, painéis, placas, anúncios e mostruários, fixos ou volantes, luminosos ou não, afixados, distribuídos ou pintados em paredes, muros, postes, veículos ou calçadas;

 

II - A propaganda falada, em lugares públicos, por meio de amplificadores de voz, alto-falantes e propagandistas.

 

Parágrafo Único. Compreende-se neste artigo os anúncios colocados em lugares de acesso ao público, ainda que mediante cobrança de ingresso, assim como os que forem, de qualquer forma, visíveis da via pública.

 

Art. 230. Respondem pela observância das disposições desta Seção todas as pessoas físicas ou jurídicas, às quais, direta ou indiretamente, a publicidade venha a beneficiar, uma vez que a tenha autorizado.

 

Art. 231. Sempre que a licença depender de requerimento, este deverá ser instruído com a descrição da posição, da situação, das cores, dos dizeres, das alegorias e de outras características do meio de publicidade, de acordo com instruções e regulamentos respectivos.

 

Parágrafo Único. Quando o local em que se pretender colocar o anúncio não for de propriedade do requerente, deverá este juntar ao requerimento a autorização do proprietário.

 

Art. 232. Ficam os anunciantes obrigados a colocar nos painéis e anúncios, sujeitos à revisão da repartição competente.

 

Art. 233. Os anunciantes devem ser escritos em boa e pura linguagem, ficando, por isso, sujeitos à revisão da repartição competente.

 

Art. 234. A taxa de licença para a publicidade é cobrada segundo o período fixado para a publicidade e de conformidade com a tabela anexa a este Código.

 

§ 1º Ficam sujeitos ao acréscimo de 10% (dez por cento), da taxa, os anúncios de qualquer natureza referentes a bebidas alcoólicas, bem como os redigidos em língua estrangeira.

 

§ 2º A taxa será paga adiantadamente, por ocasião da outorga da licença.

 

§ 3º Nas licenças sujeitas a renovação anual, a taxa será paga no prazo estabelecido em regulamento.

 

Art. 235. São isentos de taxa de licença para publicidade:

 

I - Os cartazes ou letreiros destinados a fins patrióticos, religiosos ou eleitorais;

 

II - As tabuletas indicativas de sítios, granjas, ou fazendas, bem como as de rumo ou direção de estradas;

 

III - Os dísticos ou denominações de estabelecimentos comerciais e industriais apostos nas paredes e vitrines internas.

 

IV - Os anúncios publicados em jornais, revistas ou catálogos e os irradiados em estações de rádio-difusão.

 

Seção 10ª

Da Taxa de Licença para Ocupação do Solo nas Vias e Logradouros Públicos

 

Art. 236. Entende-se por ocupação do solo aquela feita mediante instalação provisória de balcão, barraca, mesa, tabuleiro, quiosque, aparelho e qualquer outro móvel ou utensílio, depósitos de materiais para fins comerciais, ou de prestação de serviços, e estacionamento privativo de veículo, em locais permitidos.

 

Art. 237. Sem prejuízo do tributo e multa devidos, a Prefeitura apreenderá e removerá para os seus depósitos qualquer objeto ou mercadorias deixados em locais não permitidos, ou colocados em vias e logradouros públicos, sem o pagamento da taxa de que trata esta Seção.

 

Seção 11ª

Da Taxa de Licença para Abate de Gado fora do Matadouro Municipal

 

Art. 238. O abate de gado destinado ao consumo público, quando não for feito no Matadouro Municipal, só será permitido mediante licença da Prefeitura, procedida da inspeção sanitária feita nas condições previstas nas posturas municipais.

 

Art. 239. Concedida a licença de que trata o artigo anterior o abate do gado fica sujeito ao pagamento da taxa respectiva, cobrada de acordo com a tabela anexa a este Código.

 

Art. 240. A exigência da taxa não atinge o abate de gado em charqueada, frigoríficos ou outros estabelecimentos semelhantes, fiscalizados pelo serviço federal competente, salvo quando ao gado cuja carne fresca se destinar ao consumo local, ficando o abate, nesse caso, sujeito ao tributo.

 

Art. 241. A arrecadação da taxa de que trata esta Seção será feita no ato da concessão da respectiva licença ou, no caso do artigo anterior, ao ser a carne distribuída ao consumo local.

 

Art. 242. Fica sujeito às penalidades previstas neste Código e nas posturas municipais sem abater o gado fora do Matadouro Municipal, sem prévia licença da Prefeitura e pagamento de taxas derivadas.

 

Capítulo IV

Das Taxas de Expediente e Serviços Diversos

 

Seção 1ª

Da Taxa de Expediente

 

Art. 243. A taxa de expediente é devida pela apresentação de petição e documentos às repartições da Prefeitura, para apreciação e despacho pelas autoridades municipais, ou pela lavratura de termos e contratos com o Município.

 

Art. 244. A taxa de que se trata este capítulo é devida pelo peticionário ou por quem tiver interesse direto no ato do governo municipal, e será cobrada de acordo com a tabela anexa a este Código.

 

Art. 245. A cobrança da taxa será feita por meio de guia, conhecimento ou processo mecânico na ocasião em que o ato for praticado, assinado, ou visado, ou em que o instrumento formal for protocolado, expedido ou anexado, desentranhado ou devolvido.

 

Art. 246. Ficam isentos da taxa de expediente os requerimentos e certidões relativos aos serviços de alistamento militar ou para fins eleitorais.

 

Seção 2ª

Das Taxas de serviços Diversos

 

Art. 247. Pela prestação dos serviços de numeração de prédios de apreensão e depósitos de bens móveis, semoventes e mercadorias, de alinhamento e nivelamento e de cemitério, inclusive quanto às concessões, serão cobradas as seguintes taxas:

 

I - De numeração de prédios;

 

II - De apreensão de bens móveis ou semoventes e de mercadorias;

 

III - De alinhamento e nivelamento;

 

IV - De cemitério;

 

Art. 248. A arrecadação das taxas de que trata esta Seção será feita no ato da prestação do serviço, antecipadamente, ou posteriormente, segundo as condições previstas em regulamento ou instruções e de acordo com as tabelas anexas a este Código.

 

Capítulo V

Da Taxa de Serviços Urbanos

 

Art. 249. A taxa de serviços urbanos tem como fato gerador a prestação, pela Prefeitura, de serviços de limpeza pública, conservação de calçamento e vigilância e será devido pelos proprietários ou possuidores, a qualquer título, de imóveis edificados ou não, localizados em logradouros beneficiados por esses serviços.

 

Art. 250. A taxa definida no artigo anterior incidirá sobre cada uma das economias autônomas beneficiadas pelos referidos serviços.

 

Art. 251. A base de cálculo da taxa de serviços urbanos é o metro de testada do terreno multiplicado pelo número de serviços efetivamente prestados ou postos à disposição do contribuinte.

 

Art. 252. A alíquota da taxa de serviços urbanos será de 10% (dez por cento) do salário mínimo regional. (Redação dada pela Lei nº 475/1967)

 

Art. 253. A taxa de serviços urbanos será cobrada juntamente com os impostos imobiliários.

 

Título IX

Da Contribuição da Melhoria

 

Capítulo I

Disposições Gerais

 

Art. 254. A contribuição de melhoria será cobrada pelo Município para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar parta cada imóvel beneficiado, especialmente nos seguintes casos:

 

I - Abertura ou alargamento de ruas, parques, campos de esportes, vias e logradouros públicos, inclusive estradas, pontes, túneis e viadutos;

 

II - Nivelamento, retificação, pavimentação, impermeabilização, ou iluminação das vias ou logradouros públicos, bem com a instalação de esgotos pluviais ou sanitários;

 

III - Proteção contra inundações saneamento em geral, drenagens, retificação e regularização de cursos d’água;

 

IV - Canalização de água potável e instalação de rede elétrica;

 

V - Aterros e obras de embelezamento em geral, inclusive desapropriação para desenvolvimento paisagístico.

 

Art. 255. Para cobrança da contribuição de melhoria na repartição competente deverá:

 

I - Publicar previamente os seguintes elementos;

 

a) memorial descritivo do projeto;

b) orçamento do custo da obra;

c) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição;

d) delimitação da zona beneficiada;

e) determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda zona ou para cada uma das áreas determinadas, nelas contidas.

 

II - Fixar prazo, não inferior a 30 (trinta) dias, para impugnação, pelos interessados, de qualquer dos elementos referidos no número anterior.

 

§ 1º Por ocasião do respectivo lançamento, cada contribuinte deverá ser notificado do montante da contribuição, da forma e dos prazos de seu pagamento e dos elementos que integram o respectivo cálculo.

 

§ 2º Caberá ao contribuinte o ônus da prova quando impugnar quaisquer dos elementos a que se refere o nº I deste artigo.

 

Art. 256. Responde pelo pagamento da contribuição da melhoria o proprietário do imóvel ao tempo do respectivo lançamento, transmitindo-se a responsabilidade aos adquirentes, ou sucessores, a qualquer título.

 

Art. 257. As obras ou melhoramentos que justifiquem a cobrança da contribuição de melhoria enquadrar-se-ão em dois programas:

 

I - Ordinário, quando referente a obras preferenciais e de iniciativa da própria administração;

 

II - Extraordinário, quando referente a obra de menor interesse geral, solicitada por, pelo menos, dois terços dos proprietários interessados.

 

Art. 258. No custo das obras serão computadas as despesas de estudo e administração, desapropriação e operações de financiamento, inclusive juros não excedentes de 12% (doze por cento) ao ano sobre o capital empregado.

 

Art. 259. A distribuição gradual da contribuição de melhoria entre os contribuintes será feita proporcionalmente aos valores venais dos terrenos presumivelmente beneficiados, constantes do Cadastro Imobiliário; na falta desses elementos, tomar-se-á por base a área ou a testada dos terrenos.

 

Art. 260. Para o cálculo necessário à verificação da responsabilidade dos contribuintes, prevista neste Código, serão também computadas quaisquer áreas marginais, correndo por conta da Prefeitura as quotas relativas aos terrenos isentos da contribuição de melhoria.

 

Parágrafo Único. A dedução de superfícies ocupadas por bens de uso comum e situadas dentro da propriedade tributada, somente se autorizará quando o domínio dessas áreas haja sido legalmente transferido à União, ao Estado e ao Município.

 

Art. 261. No cálculo da contribuição de melhoria deverão ser individualmente considerados os imóveis constantes de loteamento aprovado ou fisicamente divididos em caráter definitivo.

 

Art. 262. Para efeito de cálculo e lançamento da contribuição de melhorar-se-ão como uma só propriedade as áreas contíguas, de um mesmo proprietário, ainda que provenientes de títulos diversos.

 

Art. 263. Quando houver condomínio, quer de simples terreno quer de terreno e edificação, a contribuição será lançada em nome de todos os condomínios, que serão responsáveis na proporção de quotas.

 

Art. 264. Em se tratando de vila edificada no interior do quarteirão, a contribuição de melhoria correspondente a área pavimentada fronteira à entrada da vila e será cobrada de cada proprietário proporcionalmente ao terreno e fração ideal de terreno de cada um. A área reservada a via ou logradouro interno, de serventia comum, será pavimentada integralmente por conta dos proprietários.

 

Art. 265. No caso de parcelamento de imóvel já lançado, poderá o lançamento, mediante requerimento do interessado, ser desdobrado em tantos outros quantos forem imóveis em que efetivamente se subdividir o primitivo.

 

Art. 266. Para efetuar novos lançamento previstos no artigo anterior será a quota relativa à propriedade primitiva distribuída de forma que a soma dessas novas quotas corresponda à quota global anterior.

 

Art. 267. As obras a que se refere o número II do artigo 257, quando julgadas de interesse público, só poderão ser iniciadas após ter sido feita pelos interessados a caução fixada.

 

§ 1º A importância da caução não poderá ser inferior a 2/3 (dois terços) do orçamento total previsto para a obra.

 

§ 2º O órgão fazendário promoverá, a seguir, a organização do respectivo rol de contribuições, em que mencionará, também, a caução que couber cada interessado.

 

Art. 268. Completadas as diligencias de que trata o artigo anterior, expedir-se-á edital convocando os interessados para no prazo de 30 (trinta) dias, examinarem o projeto, as especificações, o orçamento, as contribuições e as causas arbitrárias.

 

§ 1º Os interessados, dentro do prazo previsto neste artigo, deverão manifestar-se sobre se concordam ou não com o orçamento, as contribuições e a caução, apontando as dúvidas e enganos a serem sanados.

 

§ 2º As cauções não vencerão juros e deverão ser prestadas dentro do prazo não superior a 60 (sessenta) dias, a contar da data do vencimento do prazo fixado no edital de que trata este artigo.

 

§ 3º Não sendo prestadas, totalmente, as cauções, no prazo de que trata o § 2º, a obra solicitada não terá início, devolvendo-se as cauções depositadas.

 

§ 4º Em sendo prestadas todas as cauções individuais e achando solucionadas as reclamações feitas, as obras serão executadas, processando-se daí em diante da conformidade dos dispositivos relativos a execução de obras do plano ordinário.

 

§ 5º Assim que a arrecadação individual das contribuições atingir quantia que, somada à das cauções prestadas, perfaça o total do débito de cada contribuinte, transferir-se-ão as cauções à receita respectiva, anotando-se no lançamento da contribuição a liquidação total do débito.

 

Art. 269. Ainda dentro do prazo de 30 (trinta) dias, referido no artigo anterior, poderá os proprietários reclamar contra a importância lançada, de acordo com o processo estabelecido para as reclamações contra lançamento de tributos previstos neste código.

 

Parágrafo Único. A execução das obras e melhoramentos só terão início após o julgamento das reclamações de que trata este artigo.

 

Art. 279. A contribuição de melhoria será paga de uma só vez, quando inferior à metade do salário-mínimo regional ou, quando superior a esta quantia, em prestações mensais, semestrais, ou anuais, a juros de 8% (oito por cento), não podendo o prazo para recolhimentos parcelados ser inferior a 1 (um) ano, nem superior a 5 (cinco) anos.

 

Parágrafo Único. É facultado ao contribuinte antecipar o pagamento de prestações devidas, com desconto dos juros correspondentes.

 

Art. 271. Quando a obra for entregue gradativamente ao público, a contribuição de melhoria, a juízo da Administração, poderá ser cobrada proporcionalmente ao custo das partes concluídas.

 

Art. 272. É licito ao contribuinte pagar o débito previsto com títulos da dívida pública municipal, pelo valor nominal, emitidos especialmente para o financiamento da obra ou melhoramento, em virtude da qual foi lançado.

 

Art. 273. Iniciada que seja a execução de qualquer obra ou melhoramento sujeito à contribuição de melhoria, o órgão fazendário será certificado a fim de, em certidão negativa que vier a ser fornecida, fazer constar o ônus fiscal correspondente aos imóveis respectivos.

 

Art. 274. Não sendo fixada, em lei, a parte do custo da obra ou melhoramento a ser recuperado dos beneficiados, caberá ao Prefeito fazê-lo, mediante decreto e observadas as normas estabelecidas neste Título.

 

Parágrafo Único. O Prefeito fixará, também, os prazos de arrecadação necessários à aplicação da contribuição de melhoria.

 

Art. 275. Não caberá exigência da contribuição de melhoria quando as obras ou melhoramentos forem executados sem prévia observância das disposições contidas neste Título.

 

Capítulo II

Disposições Especiais sobre as Obras de Pavimentação

 

Art. 276. Entende-se por obras ou serviços de pavimentação, além da pavimentação, propriamente dita, da parte carroçável das vias e logradouros públicos e dos passeios, os trabalhos preparatórios ou complementares habituais, como estudos topográficos, terraplanagem superficial, obras de escoamento local, guias, pequenas obras de arte e ainda os serviços administrativos, quando contratadas.

 

Art. 277. A contribuição de melhoria é devida pela execução de serviços de pavimentação:

 

I - Em vias no todo ou em parte ainda não pavimentada;

 

II - Em vias cujo tipo de pavimentação, por motivo de interesse público, a juízo da Prefeitura, deva ser substituído por outro de melhor qualidade.

 

§ 1º Nos casos de substituição por tipo idêntico ou equivalente não é devida a contribuição, desde que as obras primitivas hajam sido executadas sob o regime de contribuição de melhoria, taxa de calçamento ou tributo equivalente.

 

§ 2º Nos casos de substituição por tipo de melhor qualidade a contribuição será calculada tomando-se base a diferença entre o custo da pavimentação nova e o da parte correspondente ao antigo, reorçado este último com base nos preços do momento; reputar-se-á nulo, para esse efeito, o custo da pavimentação anterior, quando feita em material silico argiloso, macadame ou com simples apedregulhamento.

 

§ 3º Nos casos de substituição por motivo de alargamento das ruas ou logradouros, contribuição será calculada tomando-se por base toda a diferença do custo entre os dois calçamentos.

 

Art. 278. O custo das obras da pavimentação, que vierem a ser executadas nos termos dos artigos anteriores, será dividido entre a Prefeitura e os proprietários dos terrenos marginais às vias e logradouros beneficiados, tocando duas partes aos proprietários e uma parte à Prefeitura e fazendo-se a distribuição da parte que toca aos proprietários, segundo o disposto no artigo 255 deste Código.

 

Art. 279. Para cálculo da contribuição a ser cobrada de cada proprietário marginal, se tomará distância superior a 1,50 metros entre o meio-fio e o eixo da via ou logradouro, em se tratando de via corroçavel de largura superior a 12 metros, correndo o excesso por conta da Prefeitura.

 

Art. 280. Assentado periodicamente o programa ordinário da pavimentação, procederão as repartições técnicas competentes à elaboração dos projetos e das especificações e orçamentos respectivos.

 

Art. 281. Aprovado o orçamento de cada trecho típico e apurada a importância total a ser distribuída entres as áreas marginais, será verificada a quota correspondente a cada uma delas.

 

CapÍtulo III

Disposições Especiais sobre as Obras de Construção de Estradas

 

Art. 282. Entende-se por obras de construção de estradas os trabalhos de levantamento, locação, cortes, aterros, desaterros, terraplenagem, pavimentação, escoamento e suas respectivas obras de arte, com pontes, viadutos, pontilhões, bueiros, mata burro e outras e, quando se tratar de obra contratada, os serviços de administração.

 

§ 1º São ainda consideradas como obras de construção as de pavimentação asfáltica, poliédrica ou a paralelepípedo, quando executadas em toda a extensão de estrada, ligando uma aglomeração urbana a outra.

 

§ 2º São consideradas apenas de conservação as obras de construção de desvios, retificação parcial, construção de pontes, viadutos, pontilhões, mata-burros e ensaibramento em estradas existentes.

 

Art. 283. A contribuição de melhoria exigida na forma deste Capítulo destina-se, exclusivamente, à indenização parcial de despesas feitas com a construção de estradas municipais e será exigível dos proprietários de terrenos marginais, lindeiros ou adjacentes as obras realizadas na área rural do Município, quando da obra resultar benefícios para os mesmos.

 

Art. 284. O custo das obras de construção de cada estrada, observadas as disposições constantes do Capítulo I deste Título, será dividido entre a Prefeitura e os proprietários dos terrenos nas seguintes formas: (Artigo excluído pela Lei nº 475/1967)

 

I - Um sexto (1/6) caberá aos proprietários dos terrenos marginais; (Artigo excluído pela Lei nº 475/1967)

 

II - Um duodécimo (1/12) caberá aos proprietários dos terrenos adjacentes ou não à estrada construída, mas cujas propriedades passarem mediata ou imediatamente a ser servidas pela estrada e por ela beneficiada; (Artigo excluído pela Lei nº 475/1967)

 

III - O restante caberá à Prefeitura, à conta das quotas do Fundo Rodoviário, ou de outras verbas destinadas à construção de estradas. (Artigo excluído pela Lei nº 475/1967)

 

Art. 285. Quando a construção for solicitada por interessados e a estrada se destinar ao uso privativo dos mesmos, cobrar-se-á o custo total das obras mediante depósito prévio e integral do valor orçado.

 

Art. 286. O cálculo da contribuição exigível de cada proprietário será feito nas seguintes bases: (Artigo excluído pela Lei nº 475/1967)

 

I - Levantar-se-á um rol dos imóveis beneficiados diretamente e outro dos benefícios indiretamente pela obra executada, contendo os nomes dos proprietários e os valores venais de cada imóvel, excluídos os valores das benfeitorias, devendo cada rol ser somado separadamente. (Artigo excluído pela Lei nº 475/1967)

 

II - Achar-se-á a seguir, separadamente um sexto (1/6) e um duodécimo (1/12) do custo total das obras executadas; (Artigo excluído pela Lei nº 475/1967)

 

III - Dividindo-se o total de cada rol pela quantia correspondente a um sexto (1/6) ou a um duodécimo (1/12) do custo da obra, conforme for o caso, obter-se-á um quociente que, dividido pelo valor venal de cada terreno, dará a contribuição relativa a esse terreno. (Artigo excluído pela Lei nº 475/1967)

 

Art. 287. Aplicam-se, quando aos condomínios, ao lançamento e à arrecadação desta taxa, as disposições constantes do Capítulo I deste Título.

 

Título X

 

Capítulo Único

Das Disposições Finais

 

Art. 288. Salário mínimo, para os efeitos deste Código, é o vigente no Município àquele em que se efetuar o lançamento ou aplicar a multa. (Redação dada pela Lei nº 475/1967)

 

Parágrafo Único. Serão desprezadas as frações de Cr$ 100 (cem cruzeiros), até Cr$ 50 (cinqüenta cruzeiros) inclusive, e arredondadas para mais parcelas superiores à referida fração, ao ser considerado o salário mínimo para os efeitos deste Código.

 

Art. 289. Serão desprezadas as frações de Cr$ 1.000,00 (um mil cruzeiros) na apuração da base de cálculo dos impostos predial e territorial urbano.

 

Art. 290. Os créditos fiscais decorrentes de tributos de competência municipal, vigentes até 31 de dezembro de 1966, ficarão preservados em Lei de Orçamento independentemente de sua inscrição na Dívida Ativa do Município.

 

Art. 291. Este Código entrará em vigor a partir de 1º de janeiro de 1967, revogadas as disposições em contrário.

 

TABELA I

Tabelas para o Lançamento é Cobrança do Imposto sobre os Serviços de qualquer Natureza

(Redação dada Pela Lei nº 475/1967)

 

Discriminação

Alíquota

I - Profissionais liberais

 

Médico

150% sobre o salário mínimo

Advogado

120% sobre o salário mínimo

Agrimensor

80% sobre o salário mínimo

Contador

100% sobre o salário mínimo

Dentista – Formado

100% sobre o salário mínimo

Prático (cidade)

60% sobre o salário mínimo

Prático (interior)

20% sobre o salário mínimo

Desenhista

80% sobre o salário mínimo

Engenheiro

150% sobre o salário mínimo

Alfaiate – cidade

40% sobre o salário mínimo

Interior

10% sobre o salário mínimo

Atelier – Costura

20% sobre o salário mínimo

Barbeiro – por cadeira (cidade)

10% sobre o salário mínimo

(interior)

Isento

Salão de beleza

25% sobre o salário mínimo

Sapateiro – Cidade

10% sobre o salário mínimo

Interior

Isento

II - Fornecimento de trabalho, por empresa ou profissional autônomo, com ou sem utilização de máquinas, ferramentas ou veículos

2% sobre a receita bruta

III - Atividades de construção ou reparação de bens imóveis de qualquer natureza, efetuada por pessoas físicas ou jurídicas que por meio de contrato de manutenção, empreitada ou administração

1,5% sobre a receita bruta

IV - As atividades do item anterior, quando acompanhadas do fornecimento de materiais

1% sobre 50% da receita bruta

V - Locação de bens móveis de qualquer natureza

5% sobre a receita bruta

VI - Locação de espaço em bens imóveis, a título de hospedagem ou guarda de bens de qualquer natureza

8% sobre a receita bruta

VII - Exercícios de funções e práticas de diversões ou desportos públicos, por pessoas físicas ou jurídicas, localizadas ou não, como expectadoras, participantes ou prestadoras de serviços desta natureza.

10% sobre a receita bruta ou o preço do ingresso

 

TABELA II

Tabelas para o Lançamento e a Cobrança da taxa DE Aferição de Pesos e Medidas

(Redação dada Pela Lei nº 475/1967)

 

Discriminação

Alíquota

% sobre o salário mínimo

 

I - Balanças Comuns

 

1

Até 20 quilos

1

2

Até 50 quilos

1,5

3

Até 100 quilos

2

4

Até 1000 quilos

3

5

Até 3000 quilos

5

 

Mais de 3000 quilos

10

 

II - Balanças Automáticas

 

6

Até 10 quilos

1

7

Até 50 quilos

2

8

Até mais de 50 quilos

3

 

III - Pesos

 

9

Jogo de pesos por 8 unidades ou fração

0,5

 

IV - Medidas Lineares

 

10

Metro, fita métrica e trena, cada um

0,5

 

V - Medidas e Capacidade

 

11

Jogo de medidas, de 1 até 100 litros

10

12

Bomba de gasolina ou óleo

150

13

Carro tanque

10

14

Qualquer outra medida de capacidade

10

 

VI - Outras Medidas

 

15

Medidores de consumo de energia elétrica, por medidor

0,5

 

 

TABELA III

Tabelas para o Lançamento e a Cobrança das Taxas de Licença

(Redação dada Pela Lei nº 475/1967)

 

Itens

Especificações e Discriminações

Alíquota

% sobre o salário mínimo

 

I - Taxa de licença para funcionamento de estabelecimentos comerciais em horário especial

 

1

Prorrogação de horário:

 

 

1 - até as 22 horas:

 

 

- por dia

2

 

- por mês

8

 

- por ano

30

 

2 - além das 22 horas:

 

 

- por dia

4

 

- por mês

16

 

- por ano

60

2

Antecipação de horário:

 

 

- por dia

10

 

- por mês

20

 

- por ano

60

 

Itens

Especificações e Discriminações

Alíquota

% sobre o salário mínimo

 

 

II - Taxa de licença para exercício de comércio eventual ou ambulante

 

 

a) Comércio eventual

Mês %

Ano %

 

3

Alimentos preparados, inclusive refrigerantes, para venda em balcões, barracas ou mesas

30

100

 

4

Aparelhos elétricos de uso doméstico

50

100

 

5

Armarinhos e miudezas

20

50

 

6

Artefatos de couro

30

80

 

7

Artigos carnavalescos (máscaras, confetes, serpentinas, lança-perfumes e congêneres

10

30

 

8

Artigo para fumantes

5

50

 

9

Artigos não especificados nesta tabela

30

200

 

10

Artigos de papelaria

20

60

 

11

Artigos de toucador

20

60

 

12

Aves

150

200

 

13

Baralhos e outros artigos de jogos considerados de azar

5

20

 

14

Brinquedos e artigos ornamentais para presentes

3

5

 

15

Fogos de artificio

6

10

 

16

Frutas e produtos alimentícios, aves, ovos, doces, frutas, queijos, peixe e carne etc

20

80

 

17

Frutas nacionais e estrangeiras

10

20

 

18

Jóias e relógios

50

100

 

19

Louças, ferragens e artefatos de plásticos e de borracha, vassouras, escovas, palha de aço e semelhantes

50

100

 

20

Peles, peliças, pluma ou confecções de luxo

50

100

 

21

Revistas, livros e jornais

30

50

 

22

Tecidos e roupas

30

50

 

 

b) Comércio Ambulante:

 

 

 

23

Alimentação preparada e fornecida em marmitas, para mais de 3 pessoas, quando o fornecedor não pagar o imposto de indústrias e profissões

40

100

 

24

Armarinhos e miudezas

20

50

 

25

Artigos não especificados

30

60

 

26

Artigos de toucador

20

60

 

27

Bijouterias e pedras não preciosas

20

50

 

28

Brinquedos

3

5

 

29

Confecções de luxo, peles, peliças, plumas

5

100

 

30

Fazendas e roupas feitas

30

50

 

31

Gêneros e produtos alimentícios

20

80

 

32

Jóias e pedras preciosas

50

100

 

33

Louças, ferragens, artefatos plásticos e de borracha, vassoiras, escovas, palhas de aço e semelhantes.

50

100

 

34

Malhas, meias, gravatas e lenços

5

20

 

 

III - Taxa de licença para obras particulares

 

 

a) Construções:

 

35

Barracões nos quintais de casas de residências, metro quadrado de área útil de piso coberto:

 

 

1 - nas áreas urbanas

4

 

2 - nas áreas de expansão urbana e nos povoados

2

36

Dependências em prédios residenciais, por metro quadrado de área útil de piso coberto:

 

 

1 - nas áreas urbanas

1

 

2 - nas áreas de expansão urbana e nos povoados

0,5

37

Dependências de prédio utilizado por estabelecimento de qualquer natureza, por metro quadrado

1

38

Drenos, sarjetas, paredes e muros divisórios, por metro linear

1

39

Embarcações:

 

 

1 - de grande calado

-

 

2 - de pequeno calado

-

 

3 - barcos, saveiros, lanchas, lotes, canoas

-

40

Estaleiros

-

41

Fornos de padaria

20

42

Fossas - cada uma

Isento

43

Galpões para qualquer fim, por metro quadrado área útil de piso coberto

1

44

Garagens e postos de lubrificação, por metro quadrado-área útil de piso coberto

5

45

Muros, com gradil ou não, por metro linear:

 

 

1 - nas áreas urbanas

2

 

2 - nas áreas de expansão urbana e nos povoados

1

46

Obras não especificadas nesta tabela, por metro quadrado de área útil de piso coberto

0,5

47

Obras pequenas, ou acréscimo, de área de difícil medição, não especificados nesta tabela

5

48

Prédios residenciais, de um ou mais pavimentos, por metro quadrado de área útil de piso coberto

 

 

1 - nas áreas urbanas

0,5

 

2 - nas áreas de expansão urbana e nos povoados

0,2

49

Prédios de um ou mais pavimentos, a serem usados em atividades industriais, comerciais ou profissionais, por metro quadrado de área útil de piso coberto

0,5

 

b) Reconstruções:

 

50

As licenças para reconstruções, parciais pagarão a taxa de acordo com a sua natureza, pela metade do que estiver especificado nesta tabela, para as construções

0,25

 

c) Consertos e reparos:

 

51

Diversos-chaminés, pilares, portões, fossas e outras instalações externas

1

52

Fechadas desde que não se trata de reconstrução, por pavimento

0,5

53

Muros, por metro linear

1

54

Pequenos serviços em prédios

2

55

Telhados, desde que não se trate de construção

2

 

d) Obras Diversas:

 

56

Abertura de portões:

 

 

1 - em prédios residenciais

2

 

2 - em prédios ocupados com estabelecimentos de qualquer natureza

3

57

Andaimes - no alinhamento do logradouro inclusive tapume, para construção, reconstrução, pinturas ou reparos de prédios, por metros linear e por seis meses ou fração

2

58

Cortes em meio-fio para entrada de automóvel

1

59

Demolição - por metro quadrado de área da edificação a ser demolida

0,25

60

Lajeamento de pátios e quintais

1

61

Marquises de vidro, metal ou outro material, a serem colocados em prédio comercial ou industrial, cada uma

2

62

Mudança de bomba de gasolina, ou outro combustível liquido, de um para o outro local

10

63

Toldos ou cobertas movediças a serem colocados nas fechadas de prédios:

 

 

1 - comerciais e industriais, cada um

1

 

2 - em prédios residências, cada um

1

 

IV – Taxa de Licença para Execução de Arruamentos e Loteamentos de Terrenos Particulares

 

64

a) Arruamentos:

 

 

1 - Com área de até 20.000 metros quadrados, descontados as destinadas a logradouros públicos

100

 

2 - Com mais de 20.000 metros quadrados, por metro quadrado que exceder, além da taxa fixa de dez por cento (10%) do salário mínimo

0,2

65

b) Loteamentos:

 

 

1 - Com área de até 10.000 metros quadrados, descontadas as destinadas a logradouros públicos e as que serão doadas ao município

250

 

2 - De mais de 10.000 metros quadrados, por metro quadrado que exceder, além da taxa fixa de dez por cento (10%) do salário mínimo

0,3

 

V – Taxa de Licença para o Tráfego de Veículos

 

66

a) Veiculo de tração a motor:

 

 

Ambulâncias:

 

 

1 - para transporte de doentes

5

 

2 - funerais

5

67

Automóveis, com motor de até 100 HP:

 

 

1 - modelo de fabricação do ano em que for feito o registro

8

 

2 - modelo de fabricação do ano anterior aquele em que for feito o registro

6

 

3 - modelo de fabricação do ano imediatamente antes ao de nº 2

4

 

4 - modelo de fabricação dos anos anteriores ao de nº 3

2

68

Automóveis com motor de mais de 100 HP:

 

 

1 - modelo de fabricação do ano em que for feito o registro

10

 

2 - modelo de fabricação do ano anterior aquele em que for feito o registro

8

 

3 - modelo de fabricação do ano imediatamente anterior ao de nº 2

6

 

4 - modelo de fabricação dos anos anteriores ao nº 3

4

69

Auto-lotação:

 

 

1 - até 12 passageiros

6

 

2 - de mais de 12 passageiros

8

70

Auto-ônibus:

 

 

1 - até 20 passageiros

10

 

2 - de mais de 20 até 30 passageiros

15

 

3 - de mais de 30 passageiros

20

71

Auto-oficina:

 

 

1 - automóvel ou camioneta-oficina

10

 

2 - caminhão-oficina

20

72

Automotores em geral, elevadores, guindastes, empilhadeiras, rebocadores, ascensores, estaqueadores, britadores e similares

20

73

Caminhões ou camionetas, de carga:

 

 

1 - com capacidade até 1 tonelada

5

 

2 - com capacidade de mais de 1 até 2 toneladas

6

 

3 - Idem, idem, de mais de 2 até 3 toneladas

8

 

4 - Idem, idem, de mais de 3 até 6 toneladas

10

 

5 - Idem, idem, de mais de 6 até 9 toneladas

15

 

6 - Idem, idem, de mais de 5 até 12 toneladas

20

 

7 - Idem, idem, de mais de 12 toneladas

25

74

Motocicletas: com ou sem “side-car

1

75

Reboques e tratores:

 

 

1 - Reboque ou "trailler"

1

 

2 - Trator de rodas de borracha

5

 

3 - Trator com rodas ou esteiras de ferro

20

 

b) Veículo de tração animal:

 

76

De carga, desprovido de molas:

 

 

1 - de rodas com aros de ferro onde madeira

1

 

2 - de rodas com aros de borracha maciça

2

 

3 - de rodas com aros de borracha pneumático

2

77

De carga, desprovido de molas:

 

 

1 - de rodas com aros de ferro ou de madeira

1

 

2 - de rodas com aros de borracha maciça

2

 

3 - de rodas com aros de borracha pneumático

2

78

De passageiros:

 

 

1 - de 2 rodas com pneumáticos

1

 

2 - idem, idem, com aros de borracha maciça

1

 

3 - de 4 rodas com aros de pneumático

2

 

4 - de 4 rodas com aros de borracha maciça

2

 

VI – taxa de Licença para Publicidade

 

79

Alto-falantes, rádios, vitrola e congêneres, por aparelho e por ano, quando permitido no interior de estabelecimentos comercial, industrial ou profissional.

50

80

Anúncio:

 

 

1 - sob forma de cartaz, cada um

1

 

2 - em mesas, cadeiras ou bancos, toldos, bambinelas, capotas, costuras e semelhantes

1

 

3 - no interior de veículos, por veículo e por ano

1

 

4 - no exterior de veículos, por veículo e por ano

2

 

5 - em veículos destinados especialmente a propaganda, por veículo e por dia

2

 

6 - conduzido por uma ou mais pessoas, cada um por pessoa e por dia

2,5

 

7 - distribuído em mão ou a domicilio, por milheiro ou fração

0,5

 

8 - colocado no interior de estabelecimentos, quando estranho a atividade deste, por anúncio e por ano

1

 

9 - em pano de boca de teatro ou casa de diversões, por anúncio e por mês

0,5

 

10 - projeto na tela de cinema, por filme ou chapa, por dia

1

 

11 - pintado na via pública, quando permitido, por metro quadrado e por dia

1

 

12 - em faixas, quando permitido, por dia

0,2

81

Emblema, escudo ou figura decorativa, por unidade e por ano

1

82

Letreiro - placa ou dístico metálico ou não, com indicação de profissão, arte, oficio, comércio ou indústria, nome ou endereço, quando colocado na parte externa de qualquer prédio, por letreiro, placa ou dístico, por ano

2

83

Mostruário - colocado na parte externa dos estabelecimentos comerciais, ou em galerias, estações, abrigos, etc., por mostruário e por ano

20

84

Painel:

 

 

1 - painel, cartaz ou anúncio colocado em circos, casas de diversões, por unidade e por mês

1

 

2 - idem, idem, inclusive letreiros e semelhantes, luminosos ou não, na parte externa dos edifícios, por metro quadrado ou fração, por ano

2

 

3 - painel, cartaz ou anúncio, colocado em casas de diversões, por unidade, e por ano

3

85

Propaganda:

 

 

1 - oral, feita por propagandista, por dia

0,5

 

2 - idem, idem, por mês

10

 

3 - idem, idem, por ano

50

 

4 - por meio de música, por dia

0,5

 

5 - por meio de animais (circo, etc.) por dia

5

 

6 - por meio de alto-falante, por dia

10

86

Vitrine:

 

 

1 - em qualquer estabelecimento comercial ou industrial, sem projeção, ocupando parcialmente o vão das portas por vitrine e por ano

20

 

2 - idem, idem, com saliência máxima de 25 centímetros para o logradouro público, por vitrine e por ano

25

 

3 - idem, idem, ocupando totalmente o vão das portas, por vitrine e por ano

30

 

4 - para exposição de artigos estranhos ao negócio do estabelecimento ou alugada a terceiros, por vitrine e por ano

30

 

VII – Taxa de Licença para Ocupação de Área em Vias Públicas e Logradouro Públicos

 

87

Espaço ocupado por balcões, barracas, mesas, tabuleiros e semelhantes, nas feiras, vias e logradouros públicos ou como depósito de materiais ou estacionamento privativo de veículos, inclusive para fins comerciais, ou locais designados pela Prefeitura, por prazo e critério desta:

 

 

1 - por dia e por metro quadrado

1

 

2 - por mês e por metro quadrado

25

 

3 - por ano e por metro quadrado

50

88

Espaço ocupado com mercadorias, nas feiras, sem uso de qualquer móvel ou instalação, por dia e por metro quadrado

1

89

Espaço ocupado por ciscos e parques de diversões, por ser uma ou fração e por metro quadrado

0,4

 

 

 

VIII – Taxa de Licença paa abate de gado fora do Matadouro Municipal

 

90

Por cabeça de gado bovino ou vacum

1

91

Por cabeça de animais de outras espécies

0,5

 

NOTA: Correrá por conta do interessado, além da taxa, o transporte do servidor municipal incumbido de fazer a inspeção do animal.

 

 

TABELA IV

Tabelas para o lançamento e as cobranças das taxas de expediente e serviços diversos

(Redação dada Pela Lei nº 475/1967)

 

Itens

Especificação

Alíquota

% sobre o salário mínimo

 

Taxa de expediente

 

1

Alvarás:

 

 

a) de licença concedida ou transferida

5

 

b) de qualquer outra natureza

4

2

Atestados:

 

 

a) por lauda até 33 linhas

2

 

b) sobre o que exceder, por lauda ou fração

0,01

3

Aprovação de arruamento ou loteamento:

 

 

- Cada decreto contendo aprovação parcial ou geral de arruamento ou loteamento de terreno

10

4

Baixa de qualquer natureza, em lançamentos ou registros

5

5

Certidões:

 

 

a) por lauda até 33 linhas

2

 

b) sobre o que exceder, por lauda ou fração

0,01

 

c) busca por ano, além das taxas das alíneas “A” e “B”

3

 

d) de quitação

1

6

Concessões - ato de Prefeito concedendo:

 

 

a) favores em virtude de lei municipal, sobre o valor da concessão

50

 

b) privilégio individual ou a empresa concedido pelo município, sobre o valor efetivo ou arbitrado

10

 

c) permissão para exploração, a título precário, de serviço ou atividade

50

7

Contratos com o município, sobre o valor do contrato

5

8

Guias apresentadas às repartições municipais, para qualquer fim, excluídas as emitidas pelos servidores municipais e relativas aos serviços de administração

1

9

Petições requerimentos, recursos ou memoriais dirigidos aos órgãos ou autoridades municipais:

 

 

a) por lauda até 33 linhas

1

 

b) cada documento anexado, por folha

0,5

 

c) sobre o que exceder, por lauda ou fração

0,05

10

Prorrogação do prazo de contrato com o município, sobre o valor da prorrogação

5

11

Termos e registros de qualquer natureza, lavrados em livros municipais, por página de livro ou fração

5

12

Títulos:

 

 

- de perpetuidade de sepultura, jazigo, carneiro, mausoléu ou usuário

100

 

Transferências:

 

 

a) de contrato de qualquer natureza, além do termo respectivo

5

 

b) de local, de firma ou ramo de negócio

5

 

c) de veículo, por unidade

5

 

d) de privilégio de qualquer natureza, sobre o valor efetivo ou arbitrado.

10

 

Taxas de Serviços Diversos

% sobre o salário mínimo

 

I - Taxa de numeração de prédios

 

 

Por emplacamento

0,5

 

NOTA: Além da taxa será cobrado o preço de custo da placa fornecida (como receita patrimonial).

 

 

II – Taxa de Apreensão e Depósito de Bens e Mercadorias

 

 

Apreensão ou arrecadação de bens abandonados na via pública - por unidade

10

 

Armazenagem por dia ou fração, no depósito municipal

 

 

1 - de veículo por unidade

10

 

2 - de animal cavalar, muar ou bovino, por cabeça

10

 

3 - de caprino, ovino, suíno ou canino, por cabeça

0,5

 

4 - de mercadorias ou objetos de qualquer espécie, por quilo

0,5

 

NOTA: Além das taxas acima se cobrarão com a alimentação e o tratamento dos animais, bem como as de transporte até o depósito

20

 

III - Taxa de alinhamento e nivelamento cobrado no serviço de calçamento

 

IV - Taxa de Cemitério

 

Inumação em sepultura rasa:

 

 

1 - de adulto, por cinco anos

2

 

2 - de infante, por três anos

2

 

Inumação em carneira:

 

 

1 - de adulto, por cinco anos

5

 

2 - de infante, por três anos

5

 

Prorrogação de prazo:

 

 

1 - de sepultura rasa, por cinco anos

10

 

2 - de carneiro, por cinco anos

20

 

Perpetuidade:

 

 

1 - de sepultura rasa, por metro quadrado

10

 

2 - de carneiro, por metro quadrado

20

 

3 - jazigo (carneiro duplo, germinado) por m2

50

 

4 - nicho

20

 

Exumações:

 

 

1 - antes de vencido o prazo regulamentar de decomposição

50

 

2 - após vencido o prazo regulamentar de decomposição

25

 

Diversos:

 

 

1 - Abertura de sepultura, carneiro, jazigo ou mausoléu, perpétuo, para nova inumação

50

 

2 - Entrada de ossada no Cemitério

10

 

3 - Retirada de ossada do Cemitério

10

 

4 - Remoção de ossada no interior do Cemitério

1

 

5 - Permissão para construção de carneiro, colocação de inscrição e execução de obras de embelezamento

10

 

6 - Emplacamento

10

 

7 - Ocupação de ossuário, por cinco anos

50

 

NOTA:

 

 

1 - Nos cemitérios das vilas e povoados, as taxas serão cobradas pela metade;

 

 

2 - Além das taxas do nº 11, será cobrada à parte o custo da construção do carneiro, jazigo ou nicho, de acordo com o orçamento organizado pela repartição competente da Prefeitura;

 

 

3 - As taxas estabelecidas cobrirão apenas os serviços e escavação e enchimento de sepulturas, carneiros e jazigos; os de demolição de baldrames, lápides ou mausoléus e reconstrução serão orçados e cobrados à parte.

 

(Redação dada Pela Lei nº 475/1967)

 

Gabinete do Prefeito Municipal, 23 de dezembro de 1966.

 

octávio ayres de farias

PREFEITO MUNICIPAL

 

Este texto não substitui o original publicado e arquivado na Prefeitura Municipal de Nova Venécia.